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segunda-feira, 19 de julho de 2010

FLAMENGO COLOCA O TREM NOS TRILHOS

Em grandes crises corporativas as lideranças, normalmente, entram em parafuso. O resultado disso é que demoram a agir. Sempre há a esperança de não ser atingido, ou que a crise não passará de uma chuva de verão.

Infelizmente, não é bem assim que banda toca. Reconhecer a crise, encará-la e buscar ajuda é o primeiro passo para arrumar a casa. O Flamengo é um exemplo clássico. Ignorou publicamente o quanto pôde, e erroneamente, tentava passar a ideia de que a crise não o afetava, porque foi deflagrada por questões pessoais de um atleta. O azar é que o atleta em questão vestia a camisa do time da Gávea.

Não posso discorrer sobre como e porque o Clube, quase dois meses depois, resolveu adotar medidas técnicas para conter a crise instalada, sim, debaixo da saia da presidência. A verdade é que, felizmente, a diretoria começou a agir. Primeiro, atabalhoadamente (ver post anterior), com uma entrevista coletiva com o foco errado. Mas tudo bem, já foi um começo.

Ontem, domingo, Zico foi ao Fantástico (TV Globo) e fez o "mea-culpa" necessário. Foi enfático, mostrou segurança (está acostumado com câmeras sobre seu rosto) e deu o recado. A segunda medida, quase que simultaneamente, foi, talvez, a mais emblemática: anunciou a demissão -- por justa causa -- do (ex) atleta.

Curiosamente, por acaso (????), nesta segunda-feira, já aparecia na internet notícia de que a AMBEV estaria assinando contrato de patrocínio.

Resumo da ópera: a crise afasta clientes, patrocinadores e promove insegurança no público interno. Enfrentá-la traz dividendos. Sejam eles de ordem financeira ou de imagem.

Um comentário:

nelsontucci disse...

Se não conduzem a crise como deveriam (veja a DEMORA disso tudo e o prejuízo que se acumulou - institucional e financeiro), os flamenguistas finalmente deram uma boa "meia sola" para ir acertando as coisas.

Mas como o time ainda é "novinho", aprende !