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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

REDES SOCIAIS - POR QUEM ENTENDE

Redes sociais, um maravilhoso mundo novo? Nem tanto. Nem maravilhoso, nem novo.

Sobre o que falamos quando discutimos redes sociais? Nós falamos de gente, nada mais.Quando fazemos uma netnografia, nos “sentamos” na “sala de estar” das pessoas na internet com um caderno no colo, e observamos e escrevemos sobre seus hábitos no geral.

Quando fazemos uma pesquisa nas redes sociais, nós olhamos os hábitos de consumo das pessoas, o que elas compram e por quê, nada mais.
Elas compram motivadas por preço, qualidade, ou tendências? Nós olhamos seu comportamento como consumidoras, para ver suas necessidades, pensando em supri-las.

Quando nós fazemos uma campanha de seeding nós vamos atrás de formadores de opinião e lhes damos informações relativas aos nossos produtos, serviços ou marcas, para que eles espalhem a notícia, influenciando os consumidores.

E que tal uma campanha de propaganda nas redes sociais? Bem parecido, nós olhamos os canais de mídias sociais e escolhemos aqueles que melhor impactam nosso target e compramos espaço ali, para vender nossos produtos, serviços ou marcas.

Projetos de comunicação nas redes sociais, basicamente a mesma coisa. Você pode utilizá-los, vê-los como forma de achar e agir sobre o target, focando na apresentação de algo aos consumidores. Nesse caso você pode escolher os canais também, Twitter, Facebook, Youtube, blogs. Você escolhe, não faz muita diferença, já que as mecânicas de uso são todas bem parecidas. A , mágica reside na maneira como você lida com cada diferente canal para dizer as mesmas coisas.

Mas nada disso tudo é diferente de outras formas de vender, exceto por um detalhe: você pode escolher como vai nomear, pequeno ou grande: foco na individualidade das pessoas.

Nenhuma outra mídia pode oferecer tais ferramentas para um profissional de marketing ou comunicação. Nas redes sociais você pode colocar algo e observar aquilo indo, circulando junto ao target e ver o que ele pensa a respeito, e até mesmo ouvi-lo falando sobre aquilo.

O que nós fazemos nas redes sociais é olhar e tentar entender a motivação das pessoas na Internet de maneira a executar nosso trabalho, que é apresentar algum produto, serviço ou marca.Vamos encarar isso: que outra plataforma de comunicação te dá isso? Nenhuma outra.

Essa é a enorme diferença das redes sociais, você pode interagir com o target numa base individual se você quiser ou precisar, e ver o que ele pensa sobre seu produto, serviço ou marca e como ele reage à sua ação, e então você pode mudar seu discurso, se necessário, para atingir seus objetivos.

E, com essa alegação, nós completamos um círculo sobre essa verdade: redes sociais dizem respeito ao comportamento das pessoas, nada mais. Bem, nem tanto. Já que podemos influenciar aquele comportamento, nós podemos nos enxergar como formadores de tendências ou os reais influenciadores atrás das cortinas ou os evangelistas acima da massa ou qualquer outra maneira pela qual você queira chamar, certo? Bem, realmente, não.

Nesse ponto você deve estar começando a achar que nós vamos a lugar nenhum com essa conversa, ou que isto não está fazendo realmente qualquer sentido, mas apenas tergiversando sobre algo que eu, na realidade, não entendo de verdade.

Mas meu objetivo aqui não é falar um monte de “verdades”, mas ser provocativo sobre redes sociais, já que meu papel nesse teatro é começar e manter em movimento constante, uma discussão sobre as redes sociais e seu impacto como uma ferramenta de marketing e comunicação de massa.
Sabe, eu sou um Farmer, e meu papel nas agências onde atuo é o de achar novas maneiras de alcançar resultados atuando tanto dentro da agência como fora, dentro dos seus clientes. Eu procuro maximizar os resultados das ações e, ao mesmo tempo, encurtar o cronograma e o orçamento investido de maneira a rentabilizar todo o processo.

E, para fazer meu trabalho, eu preciso saber como o mercado das redes sociais age e se comporta, e essa é a razão pela qual estou propondo esta discussão: para saber o que você pensa sobre minhas ideias e teorias, e se você tem algo para dizer sobre isso tudo.


Por L.Cazarré (cazarremktcom@gmail.com)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

CRISE NO RJ EXPÕE PARA O MUNDO NEGLIGÊNCIA BRASILEIRA

Que muitas empresas ainda relutem e demorem em implantar mecanismos de prevenção e gestão de crise, vá lá. Mas governos é inaceitável. Seja municipal, estadual ou federal. A tragédia no Rio de Janeiro mostra esses poderes estão absoluta e totalmente despreparados, mal assistidos e beiram a negligência.

O ministro Mercadante veio a público informar que em quatro anos, sim, caros leitores, em quatro anos, teremos um sistema de alarme de catástrofes. Em contrapartida, o prefeito de um município minúsculo da Serra no RJ conseguiu salvar 100% da população da cidade apenas com um serviço de auto-falante emitido de um carro em condições mais que precárias. A assessoria de Mercadante esqueceu de lhe buzinar na orelha que as chuvas de verão acontecem.....todo verão.

O governador do Estado, que adora posar de papagaio de pirata de políticos mais graduados (leia-se presidentes), mostra que não tem o menor preparo para crises dessa (nem de outras) natureza. Disse, por exemplo, que não é hora de críticas. Ah! então tá. É hora de críticas, sim, e é hora também de começar a absorvê-las. Cabral passou quatro anos fazendo gracinhas com o governo federal e agora não quer críticas? Os governantes, executivos e afins têm de começar a entender que a crítica é parte do processo democrático, ajuda a sanear, quando ouvidas com certa humildade. ele não foi eleito para ser aplaudido.

Não duvido se o número de mortos estiver sendo maquiado e sub-avaliado. Uma reportagem na TV, ontem, informava que um bairro inteiro, cuja população era estimada em 6.000 pessoas, foi totalmente dizimado.

Evidentemente, dezenas, talvez centenas ou milhares de pessoas ainda estejam debaixo da lama. Com tudo isto, o hospital de campanha só foi instalado quase uma semana depois da tragédia. Apenas ontem, mais de uma semana depois, o governo federal enviou 500 militares para apoio da operação.

Não são à toa as críticas que o País vem recebendo da comunidade internacional pela total falta de planejamento na área de prevenção e atuação nas crises. Sergio Cabral, que adora falar asneiras, deveria aproveitar esses próximos quatro anos de governo e....governar. Quanto aos outros poderes, que façam o mesmo, porque os últimos oito anos foram semelhantes a uma fanfarra de interior, alimentada por um megalomaníaco.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

UMA PÉROLA FABRICADA PELO FUTEBOL BRASILEIRO

Os orientais preconizam que as crises são oportunidades. Oportunidades para aprender poderia ser uma alternativa viável. Não é o caso do Flamengo. Não aprendeu nada com a crise do goleiro Bruno. Agora o protagonista é outro: Ronaldinho Gaúcho.

O jogador acaba de criar uma nova modalidade de entrevista coletiva: ele só responde o que quer e o que lhe convém. Clube e patrocinadores compactuam, por enquanto. Ricardo Boechat, âncora da Rádio Band News FM já deu o tom, logo pela manhã: “proponho um boicote a esta palhaçada”.

Evidentemente Ronaldinho sabe que fez um papel muito feio durante as negociações com times brasileiros para voltar a jogar no Brasil, depois de ser declarado na bacia das almas na Europa. Por isso, com as bênçãos do clube, dos patrocinadores e de seu irmão-agente-assessor de imprensa resolveu tripudiar mais um pouco (como se não tivesse sido pouco).

Ele resolveu (se é que ele tem capacidade e poder para resolver alguma coisa) que responderia apenas a perguntas pré-selecionadas. Ou seja, ele fala apenas o que lhe convém. Em termos práticos, esse é o pior caminho para tentar reiniciar um relacionamento com a imprensa brasileira. Ou fala ou não fala. Responder apenas o que quer pode ser o caminho mais fácil para ouvir o que não quer e não precisa nesse momento da sua carreira.

Muitos dirão que com o dinheiro que está ganhando não precisaria falar nada. Muito raso isso, porque na condição dele (não está jogando nada) a imagem é seu principal trunfo para manter quente sua relação comercial com patrocinadores, e ele vai precisar muito da simpatia da imprensa para continuar alimentando a aura de mito.

Ele começou mal negociando mal com os times brasileiros; continua mal infringindo regras do bom relacionamento com a imprensa e por tabela com a opinião pública. Certamente os erros iniciais estão virando uma bola de neve, e, novamente, a presidente do clube, Patricia Amorim não teve a devida firmeza para colocar ordem na casa. Os jogadores continuam fazendo flamengo de gato e sapato!! Nas crises, o papel da liderança é fundamental para estancar os focos de incêndio. Amorim mostra que a lição número 1 não valeu nada.

Coisas do futebol, que continua abrigando gente despreparada, cujo único sustentáculo é o prestígio. Patricias, irmãos agentes-assessores e faz-tudo, cartolas: o resultado é que a meca do futebol vai virando o cemitério dos aposentados. Mas enquanto imprensa e torcedores aplaudirem, muito dinheiro ainda vai rolar debaixo dessa ponte.