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terça-feira, 2 de abril de 2013

GESTÃO DE CRISE NA VEIA

Da direita para a esquerda, antes e depois de uma boa consultoria 

Uma equipe de gerenciamento de crise não pode prescindir de dois profissionais: o advogado e o consultor de comunicação. Os demais vão se integrando à medida que o cenário vai se definindo, mas esses dois são fundamentais. É visível e muito interessante observar quando o trabalho engata com sinergia. Um exemplo recente é o da médica paranaense, suspeita de assassinatos na UTI.

As primeiras imagens mostravam uma mulher dura, com gestos repelentes, mal vestida, assustada e portanto agressiva. A equipe aproveitou sua visita obrigatória à polícia para começar a desconstrução da imagem inicial. 

Especialistas afirmam  que apenas 30% da comunicação entre um grupo se processa pela via verbal. O resto é visual, gestual, vestuário e outros. Pois bem, no Jornal Nacional aparece uma mulher de fala mansa, doce, gestos comedidos e a clássica frase: eu confio na justiça. 

E a estratégia foi, definitivamente, promover uma profunda desconstrução, quase uma reestreia.  Primeiro ela tirou a cor avermelhada dos cabelos, que lhe impunha uma imagem pesada. Lançou mão de uma maquiagem sóbria, mas nitidamente perceptível. O toque de mestre foi o batom róseo, que lhe conferiu uma expressão mais doce, mais leve, amigável e atraente. A cor rosa aproxima e inspira simpatia. 

Não por acaso a presidente Dilma usou o mesmo tom, um pouco mais claro, quando anunciou a desoneração da cesta básica, em plena noite do Dia Internacional da Mulher. 

O encerramento foi cinematográfico: com a voz suave ela termina a entrevista quebra-queixo (como se estivesse olhando uma vitrine da Tiffany) com um suave "com licença", e entra no carro. 


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