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sábado, 23 de março de 2013

ADES. De novo.


Fernando Fernandez, presidente da 
Unilever no Brasil
De novo a Unilever, e com ADES. Nenhuma empresa está livre de acidentes, erros técnicos ou humanos. Costumo dizer que as crises são como a chuva, uma hora ou outra sempre chegam. 

Mas nada justifica quase 20 dias de silêncio da direção da empresa. Práticas de cidadania corporativa não podem ser uma lista pregada na parede ou enfeites para press-releases. 

Depois de semanas de o assunto ter explodido na imprensa, o presidente se dignou a vir a público e explicar a ocorrência e as medidas que estão sendo adotadas para aumentar a segurança do produto. 

A estratégia do avestruz apenas serviu para que a marca fosse ainda mais tripudiada, execrada e destruída nas redes sociais, na imprensa e em qualquer  discussão no meio de negócios. 

A rapidez no esclarecimento de fatos como esse podem definir o futuro ou o enterro de uma marca. Muito provavelmente o presidente optou pelo enterro. Duvido que essa marca se recupere e possa ganhar, de novo, a confiança do consumidor. 

A falta de um esclarecimento firme e bem fundamentado deu espaço à imprensa e redes sociais para toda sorte de especulações, piadas e ataques à marca. Além de, e principalmente, deixar no público interno uma sensação de insegurança, desleixo e falta de transparência. 

O tempo é o melhor ou pior aliado de uma crise. É uma pena que alguns executivos ainda sejam tão arrogantes, a ponto de sacrificarem uma marca consolidada, apenas para provarem que não devem satisfação alguma à sociedade. 

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