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sexta-feira, 2 de março de 2012

HOPI HARI, APRENDA COM QUEM SABE FAZER

O mundo corporativo nos traz de bandeja, na mesma semana, dois exemplos, antagônicos, sobre como as empresas podem valorizar ou destruir suas marcas durante uma crise. Numa ponta temos o Hopi Hari, se escondendo, se esquivando, tentando culpar funcionários por um erro que foi de TODOS. Cada notícia publicada sobre a tragédia no parque nos dá a impressão de um verdadeiro show de horrores, com mentiras, acusações e notória negligência com a vida humana. 

Na outra ponta, a Costa Cruzeiros, massacrada pela segunda crise consecutiva em menos de dois meses, opta por uma postura transparente e cuidado extremado com as vidas que estavam em jogo. Durante a crise, às vezes mais de uma vez por dia, emitiu comunicados por diferentes canais, incluindo redes sociais, dando conta do status da situação do navio à deriva, até o momento em que conseguiu colocar todos a salvo. Não mediu esforços -- humanos, técnicos e financeiros -- para que isso ocorresse. E não se escondeu. 

Não estão aqui em xeque os acidentes em si, mas o nível de comprometimento com o próprio negócio que cada empresa adotou durante a crise. Uma, absoluta e totalmente negligente; outra, informando, providenciando o máximo conforto possível e assim tranquilizando todos os públicos envolvidos. Um exemplo a ser seguido. Belissimo benchmark. Abaixo, o último post da Costa Cruzeiros, dando por encerrada, e como encerrou, a crise que vitimou mais uma vez a empresa.

Costa Allegra - 01 de Março, 2012 - Atualização 18:00h

A Costa Crociere infoma que o navio Costa Allegra, depois de atracar no Porto Vitória, na ilha de Mahé, ao meio-dia de hoje (horário local), completou o desembarque dos hóspedes e tripulação com sucesso em aproximadamente duas horas. Todos estavam em bom estado de saúde e nenhuma emergência aconteceu. Após deixarem o navio, os hóspedes foram atendidos pela tripulação do navio, membros da "Equipe de Atendimento" da Costa Costa Crociere na ilha e funcionários de assistência locais.

O número de hóspedes que decidiu aceitar a oferta da empresa de continuar suas férias nas Ilhas Seychelles subiu para cerca de 70%, de um total de 627. Eles já se hospedaram nos hotéis onde passarão até duas semanas custeadas pela empresa nas ilhas de Praslin, La Digue, Silhouette e Cerfs. A Costa Crociere também organizará seus vôos de retorno para casa depois desse período.

Aqueles que decidiram voltar para casa foram acomodados nos hotéis da ilha e partirão para seus destinos à noite, em vôos organizados pela Costa Crociere.

A Empresa, lamentando sinceramente o desconforto causado aos hóspedes, mas feliz de encontrá-los com boa saúde, ofereceu um pacote de compensação que inclui:

● reembolso completo dos valores pagos pelo cruzeiro e despesas de viagem associadas;
● reembolso completo de despesas incorridas a bordo durante o cruzeiro;
● indenização equivalente ao valor pago pelo cruzeiro e custos associados de viagem;
● para os hóspedes que decidiram não continuar suas férias nas Ilhas Seychelles por conta da Empresa, um cupom com o mesmo valor do cruzeiro incompleto do Costa Allegra, para viagem gratuita em qualquer navio Costa que parta nos próximos 24 meses.

A Costa Crociere gostaria de expressar sua gratidão ao capitão do Costa Allegra, Nicoló Alba, e todos os membros da tripulação, aos hóspedes, ao capitão e tripulação do navio francês de pesca Trevignon, às outras unidades navais e aéreas envolvidas nas operações de resgate do Costa Allegra, ao Comando Geral do Escritório de Porto da Itália, às autoridades locais das Ilhas Seychelles,Consulado e Embaixada da Itália e representantes diplomáticos internacionais.

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