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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O limite da comunicação

E lá se foi Rafinha Bastos. Acabou porque, aos pouquinhos, foi ganhando espaço e conivência da direção da Tv Bandeirantes, enquanto ultrapassava todos os limites do bom senso com pessoas comuns. Quando, achando que podia tudo, insensível a tudo e todos, passou a atacar, desrespeitar, ofender e humilhar personalidades do "establishment", cortaram-lhe as asas. Antes que criasse uma "piada", sátira" ou "gracinha" sobre a mulher do Sr. Johnny Saad, acharam melhor encostar o menino prodígio.

Este é um caso perolar sobre os limites da liberdade de expressão, em qualquer parte do mundo, em qualquer tipo de atividade. Ela pode ser maior que o respeito, a ética, o bom senso? Como deixaram que a situação chegasse a tal ponto, permitindo que um canal de Tv chegase num estado tão raso? Humilhar, denegrir ofender pessoas comuns podia. Era "humor sarcástico". Parou quando o "humor sarcástico" (???), começou a atingir também a casa de quem alimenta essa indústria (os anunciantes: indiretamente a Claro, representada por Ronaldo, sócio de Buiais, marido de Wanessa).

Se a frase que o detonou tivesse sido proferida contra uma pobre mortal teria tido o mesmo efeito? Ele teria sido afastado? Qual o limite da responsabilidade, não do Rafinha -- uma mente perversa e doente --  mas sim do Sr. Johnny Saad em manter por tanto tempo um padrão tão baixo, tão raso, tão degradante? No país do "tudo pode", onde nem quem mata vai preso, Rafinhas mil ainda vão aparecer e reinar em céus de brigadeiro. E terão milhões de seguidores, cada vez mais doentes, tal e qual a sociedade que bate em gays em plena Av. Paulista, que mata jovens na porta de boates, que mata mulheres em defesa da honra, que jogam filhos recé-nascidos na beira de rios.

Ao afastá-lo do CQC, a Band deveria pagar-lhe um psiquiatra, afinal, foi ela quem alimentou esse monstro. Se é que isto já não esteja no contrato.

Um comentário:

Alice disse...

Não concordo com uma palavra do que disse!!