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terça-feira, 7 de junho de 2011

GESTÃO DE CRISE EXIGE EMPENHO. SERGIO CABRAL PRECISA APRENDER A SE POSICIONAR.

Exemplo da utilização de Gabinetes de
Crise. Fonte:
O Estado de SP (07-06-2011)
Amplia-se cada vez mais a instalação de mecanismos que ajudam o empresário, gestor ou governantes a lidar com mais eficiência com as crises que se instalam no dia-a-dia. Os nomes variam, mas a aplicação é a mesma: gabinetes de crise, sala de guerra, war-room, entre outros.

Geralmente são compostos por equipes multidisciplinares, integradas necessariamente por profissionais da “Inteligência” da empresa ou organização (governo, entidades, ONGs). Técnicos, comunicadores, juristas, membros da direção, da segurança etc. A essas equipes vão se integrando profissionais ligados ao tema da crise em questão.
O objetivo é reunir informações sobre a crise – e organizá-las – de forma a diminuir seu impacto sobre os públicos de interesse (funcionários, acionistas, investidores, governo, comunidades financeira, do entorno, entre tantas outras).

Apesar da evolução desta área, geralmente conduzida pela equipe de comunicação, muitos profissionais e/ou governantes ainda hesitam e patinam diante das crises. Ora adotando a posição menos adequada, ora se posicionando erroneamente, ora nem se posicionando.

Percebe-se até mesmo grande resistência de alguns personagens em adotar protocolos que poderiam minimizar as crises que permeiam suas funções, como é caso, por exemplo, do governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral.

Invariavelmente, sempre que uma ocorrência foge do seu controle ele adota a mesma postura: xingamentos, truculência, e trapalhadas em geral. Passa sempre a impressão de um adolescente mimado, que não pode ser contrariado, e às vezes sem a menor educação ou polidez a liturgia do cargo exige. Exemplos não faltam e muitos já foram explorados neste Blog.

Certamente se tem, Sergio Cabral não usa um Comitê de Crise. Pelo jeito, se lixa para recomendações de seus pares, e continua agindo com o fígado, no lugar do cérebro. Suas colocações ora grosseiras, ora descabidas, sempre mostram uma pessoa sem controle das próprias emoções e, sobretudo, sem noção da posição que ocupa.

A última foi, evidentemente, a crise dos Bombeiros. Não cabe aqui qualquer julgamento do mérito da questão, mas fundamentalmente da reação do homem que governa o estado do Rio de Janeiro.

Mais uma vez, Cabral deu um tiro no próprio pé. Xingar os Bombeiros, instituição querida e respeitada pela população, só o coloca numa posição de fragilidade e incompetência diante da questão. Afinal, diante de um quadro nacional extremamente delicado, quando milhões de reais são lançados na cara da população como pipoca, dizer que R$ 950 é um bom salário é uma ofensa sem precedentes. Se é bom, por que o próprio governador não adota o valor para si próprio?

Fazer biquinho, xingar, bater o pé não resolve qualquer situação. Melhor é usar o mínimo de humildade que ele não tem e:

ü Constituir um comitê de crise

ü  espeitá-lo como ferramenta de trabalho

ü Respeitar os integrantes do Comitê

ü Respeitar a opinião dos membros do Comitê

ü Tratar com profissionais seu lado emocional para ter controle sobre ele (terapia, yoga, meditação etc)

ü Fazer um  curso de boas maneiras e parar de ofender as pessoas só porque é governador de Estado.

ü Preparar-se com sua assessoria antes de ir a público se posicionar sobre questões críticas

ü Treinar com sua assessoria suas exposições públicas

ü Exaurir todos os aspectos das questões críticas com seus assessores (de comunicação, jurídicos, de planejamento e técnicos afins) antes de se posicionar em público

ü Se não tem controle emocional, deixe que sua assessoria prepare comunicados. Ele pode ler no teleprompter sem que ninguém perceba que ele usa esse recurso

ü E, finalmente, parar de se comportar como um menino de 16 anos e ter mais educação em público.  

2 comentários:

Marcia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Raquel M.B.G. disse...

Oi Silvana, seu blog é ótimo, entrei aqui hoje pela primeira vez. Trabalho com Marketing Portuário, e sou professora de MKT. O grande problema do Brasil (falando em serviço público) é achar que o amadorismo, o improviso, o "grito" vão resolver os problemas. Na verdade, eles mantêm-se apagando incêndios (trocadilho não foi a intenção, rs), abraços