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segunda-feira, 21 de junho de 2010

BUROCRAIA BURRA E CARA. MAS QUEM PAGA SOMOS NÓS

Peço licença para abrir um parêntese e, hoje, falar da burocracia em detrimento da ordem, ao invés de comentar sobre o movimento das marcas. Entretanto, não deixa de ser uma observação sobre comportamento de marca, e nesse caso, da marca "Brasil", cuja estrutura de Estado, aliada à cabeça dos burocratas, prefere optar pela estagnação, em detrimento da própria cidadania. À história:

Meus filhos foram registrados com nome e sobrenome de pai e mãe, quando à época eu ainda era casada e assinava, portanto, o sobrenome de meu então marido. Quando me divorciei, providenciei a mudança do meu nome, voltando a assinar o nome de solteira.

Pois bem, décadas depois, meu filho mais velho tirou a carteira de motorista. Nos documentos dele figura meu nome de casada (eu ainda era casada com o pai dele quando o sujeito nasceu).

Ao solicitar a renovação de sua CNH, me filho teve o pedido recusado, sob o argumento de que o documento deveria seguir para Brasilia, para averiguação, porque agora notaram que eu assino apenas o nome de solteira (por que será?). Não aceitaram minha certidão de divórcio e o garoto vai ficar sem carteira pelo menos um mês, até que o documento volte a São Paulo. "Praxe para averiguação", foi a resposta à indignação do garoto.

Na era digital, um órgão público que rege as regras para se conduzir automóveis não tem um cadastro que o liga a outras fontes de informação. A CNH de meu filho vai viajar a Brasilia para que a burocracia averigue se ele é realmente meu filho, ou se ele adulterou os documentos, ou se eu adulterei os documentos do garoto, ou por que o nome da mãe dele era um e agora é outro.

Em pleno século XXI (ainda prefiro escrever em romanos), um cidadão que declara imposto de renda, trabalha, estuda, não se droga e tem planos para o futuro, tem que atrasar uma série de compromissos porque a "máquina estatal", e a atendente que lhe negaram a renovação, não aceitam minha certidão de divórcio como prova de lisura em seu documento.

Isso é retrabalho, mais ônus ao serviço público, atraso na emissão de um documento fundamental, e, ainda, expõe uma estrutura de Estado jurássica, um atendimento errático e absolutamente arrogante. Dá pra acreditar nessa marca Brasil? Alguém acha que questãoes tão simples terão solução a curto prazo?

Ma, se meu filho for pego numa blitz da Polícia dirigindo sem portar CNH, certamente sofrerá todas as penas da Lei, com aplicação de multa, etc. Portanto, ele não o fará, mas pediu pra eu apressar a busca por seu direito a um passaport italiano.

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