Numa mesa de negociação entre uma empresa e uma agência de assessoria de imprensa, existe uma pergunta do cliente que permeia 9 ente 10 reuniões: você tem trânsito satisfatório nas redações que cobrem a minha área de negócios?
Seja lá qual for a resposta do assessor, a pergunta está errada. Primeiro porque ninguém vai dizer ao cliente que não tem. Depois, porque não é o “trânsito” do assessor que vai determinar a exposição da empresa neste ou naquele veículo, e sim a capacidade deste cliente em gerar notícia de interesse da comunidade de negócios, e da capacidade do assessor em identificar essa noticia e de trabalhá-la adequadamente.
Muitas vezes – e na maioria delas – o cliente está tão envolvido no seu negócio que não consegue enxergar (e não foi treinado para isso) o que é, verdadeiramente, uma boa notícia para este ou naquele veículo. O que ocorre é que o cliente – salvo as raras e honrosas exceções – sempre enxerga notícia nos fatos que interessam apenas e tão somente à sua organização. Para isto, recomendo a publicidade.
Ainda vigora – e muito – a ideia errônea do assessor amigo de repórter. Eles até podem alimentar vínculos pessoais, compartilhar informações, mas não é isso que vai por uma notícia da sua empresa no jornal, na revista ou na TV. O que vai colocar a sua empresa na roda de discussão é a capacidade da sua empresa em fazer coisas normais de forma diferente, beneficiando não apenas a sua estrutura, mas toda cadeia de negócios a que pertence. Seja esse benefício uma informação ou um serviço. No próximo post vou falar sobre o outro lado: da capacidade (ou não) do assessor em transformar a sua notícia numa boa pauta.
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