Eu havia decidido não postar mensagens sobre governo e/ou política, principalmente em época de campanha eleitoral. Mas por dever de ofício, tenho que abrir uma exceção para o caso da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. Não se trata de política, portanto, mas de comunicaçãoe crise institucional, as minhas praias. Tudo indica que ela pedirá demissão do cargo, hoje, pressionada até pelo presidente Lula, segundo informações da imprensa.
As notícias indicam que o fator de maior peso na queda livre da ministra foi o fato de ela ter distribuído uma nota à imprensa, na qual, entre outras coisas, também aprveitou para descer o verbo em José Serra, sem antes ter consultado equipe ou superiores.
Esse comportamento é um clássico nas crises: ações desalinhadas. Geralmente sob pressão, quem está no olho do furacão sempre tende a atropelar as regras. Ela fez tudo o que não deveria ter feito: agiu sob o calor da circunstância, considerando-se suficientemente forte para bancar uma nota à imprensa daquela envergadura. Conclusão: dizem que o pau comeu feio pelas bandas do Serrado.
Numa crise, o alinhamento de informações que devem ser divulgadas é premissa básica. E esse alinhamento deve envolver todas as instâncias. Ou seja, tudo indica que Erenice agiu apenas de acordo com a sua consciência. Nas crises, usa-se estratégia e não consciência ou emoção. E a estratégia deve ser compartilhada e aprovada pela maioria. Caso contrário, dá nisso.
Um comentário:
Olá, Silvana
Acredito que ela tenha caído também porque não conseguiu responder a contento às acusações que eram atribuídas à sua atuação no Ministério.
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