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terça-feira, 14 de setembro de 2010

CUIDADO COM AS AÇÕES DE MARKETING. ELAS PODEM SE VIRAR CONTRA A SUA EMPRESA

Dia 09 de setembro, o ex-presidente americano G.W.Bush esteve no Brasil para ministrar uma palestra para um grupo restrito de executivos, a convite de uma seguradora que está se instalando no País.

Como faço todas as manhãs, liguei o rádio do carro a caminho do trabalho e ouço Ricardo Boechat, da Band News-FM, descendo o verbo na iniciativa. Diz o âncora aos seus ouvintes: “eu quero distância dessa seguradora. Quem faria um seguro com esse pessoal?”. Não tenho certeza se foi textual, mas esse era o sentido da frase.

O Boecht é um dos âncoras do rádio mais ouvidos em nível nacional. Ele tem liberdade e a utiliza para falar aberta e explicitamente sua opinião pessoal sobre qualquer tema.

Lembro-me também que logo após o estouro do escândalo do mensalão, José Dirceu, à época recém saído do governo, foi convidado, com o mesmo propósito acima, por um Banco estrangeiro. A repercussão foi até maior, por motivos óbvios. A pergunta em qualquer rodinha era: por que raios um banco convidaria José Dirceu para falar a clientes de uma instituição como aquela?

Outra pérola foi a iniciativa de um fabricante de bebida energética, durante o desmoronamento de uma cratera na linha 4 do Metro, em Pinheiros, SP. No auge da tragédia, já se sabendo que naquele buraco havia pessoas mortas, a empresa enviou ao local algumas moças – lindas, vestidas em trajes promocionais e sorridentes – para distribuir a bebida entre as equipes de salvamento e busca, curiosos e imprensa que cobria o caso. Confesso que até hoje a simples visão desta marca numa prateleira de supermercado me dá náusea.

A questão prática é a seguinte: por que implantamos uma ação de marketing? Para satisfazer nosso próprio ego? Para ajudar a levantar a bola de um amigo? Ou por ignorância esquecemos nossos clientes e a opinião pública? Na dúvida, melhor consultar especialistas e, principalmente, seguir a recomendação de quem entende. Às vezes o sujeito até paga o especialista, mas não segue a sua reomeação e, pior, muitas vezes nem a consulta.

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