tag:blogger.com,1999:blog-37969770738893829902024-03-13T18:33:36.718-03:00GESTÃO DE CRISE - Imagem e Reputação alinhadas à estratégia do negócioTodos os públicos impactados pela atividade da sua marca têm merecido a devida atenção? Se não, comece pelo começo.Unknownnoreply@blogger.comBlogger122125tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-25717452562272817382013-04-02T02:04:00.001-03:002013-04-02T02:09:03.754-03:00GESTÃO DE CRISE NA VEIA <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-MpHHjNSERN8/UVpgffMZtnI/AAAAAAAAAI0/vOT2w5WnKr4/s1600/medica3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="175" src="http://1.bp.blogspot.com/-MpHHjNSERN8/UVpgffMZtnI/AAAAAAAAAI0/vOT2w5WnKr4/s400/medica3.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Da direita para a esquerda, antes e depois de uma boa consultoria </td></tr>
</tbody></table>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Uma equipe de gerenciamento de crise não pode prescindir de dois profissionais: o advogado e o consultor de comunicação. Os demais vão se integrando à medida que o cenário vai se definindo, mas esses dois são fundamentais. É visível e muito interessante observar quando o trabalho engata com sinergia. Um exemplo recente é o da médica paranaense, suspeita de assassinatos na UTI.</span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As primeiras imagens mostravam uma mulher dura, com gestos repelentes, mal vestida, assustada e portanto agressiva. A equipe aproveitou sua visita obrigatória à polícia para começar a desconstrução da imagem inicial. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Especialistas afirmam que apenas 30% da comunicação entre um grupo se processa pela via verbal. O resto é visual, gestual, vestuário e outros. Pois bem, no </span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Jornal Nacional aparece uma mulher de fala mansa, doce, gestos comedidos e a clássica frase: eu confio na justiça. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E a estratégia foi, definitivamente, promover uma profunda desconstrução, quase uma reestreia. Primeiro ela tirou a cor avermelhada dos cabelos, que lhe impunha uma imagem pesada. Lançou mão de uma maquiagem sóbria, mas nitidamente perceptível. O toque de mestre foi o batom róseo, que lhe conferiu uma expressão mais doce, mais leve, amigável e atraente. A cor rosa aproxima e inspira simpatia. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não por acaso a presidente Dilma usou o mesmo tom, um pouco mais claro, quando anunciou a desoneração da cesta básica, em plena noite do Dia Internacional da Mulher. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O encerramento foi cinematográfico: com a voz suave ela termina a entrevista quebra-queixo (como se estivesse olhando uma vitrine da Tiffany) com um suave "com licença", e entra no carro. </span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-64885030096935348812013-03-23T13:10:00.000-03:002013-03-23T13:10:40.587-03:00ADES. De novo. <br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: left;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/--T1IlzXUvoY/UU3Sf7pxyNI/AAAAAAAAAIk/zUTqt3fTzn8/s1600/unilever.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/--T1IlzXUvoY/UU3Sf7pxyNI/AAAAAAAAAIk/zUTqt3fTzn8/s320/unilever.jpg" width="209" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div style="text-align: left;">
Fernando Fernandez, presidente da </div>
<div style="text-align: left;">
Unilever no Brasil</div>
</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">De novo a Unilever, e com ADES. Nenhuma empresa está livre de acidentes, erros técnicos ou humanos. Costumo dizer que as crises são como a chuva, uma hora ou outra sempre chegam. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas nada justifica quase 20 dias de silêncio da direção da empresa. Práticas de cidadania corporativa não podem ser uma lista pregada na parede ou enfeites para press-releases. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Depois de semanas de o assunto ter explodido na imprensa, o presidente se dignou a vir a público e explicar a ocorrência e as medidas que estão sendo adotadas para aumentar a segurança do produto. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A estratégia do avestruz apenas serviu para que a marca fosse ainda mais tripudiada, execrada e destruída nas redes sociais, na imprensa e em qualquer discussão no meio de negócios. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A rapidez no esclarecimento de fatos como esse podem definir o futuro ou o enterro de uma marca. Muito provavelmente o presidente optou pelo enterro. Duvido que essa marca se recupere e possa ganhar, de novo, a confiança do consumidor. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A falta de um esclarecimento firme e bem fundamentado deu espaço à imprensa e redes sociais para toda sorte de especulações, piadas e ataques à marca. Além de, e principalmente, deixar no público interno uma sensação de insegurança, desleixo e falta de transparência. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O tempo é o melhor ou pior aliado de uma crise. É uma pena que alguns executivos ainda sejam tão arrogantes, a ponto de sacrificarem uma marca consolidada, apenas para provarem que não devem satisfação alguma à sociedade. </span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-84577879251429623552013-03-15T16:24:00.001-03:002013-03-15T16:25:17.434-03:00Corrida se ganha na largada <br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Esqueçam a
forma e o conteúdo da igreja católica. Esqueçam que é igreja. Vamos chamar de “instituição”,
apenas para fins dessa análise. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Pois bem, assistindo
a primeira homilia do Papa pela TV, e de olho nas notícias pela internet, me ocorreram
dois fatos, em momentos e personagens diferentes. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O fato mais
antigo ocorreu nos jardins do Palácio do Planalto, logo que o chefe da família
Silva foi empossado na Presidência da República. Foi quando dona Marisa Letícia
mandou desenhar com flores vermelhas a estrela do PT, como se fosse lá sua
própria casa.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O fato mais
recente foi agora: a eleição do novo papa. Todos os comentários que li até
agora se referem a um bem arranjado plano de marketing da Igreja para “lançar”
seu novo produto. Penso que se a igreja <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>fosse tão competente nesse quesito, as coisas
não teriam chegado aonde chegaram. Trocaram o marqueteiro? Pode ser, mas não
foi João Santana o escolhido, porque a linha dele é dar um “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">up</i>” nos seus clientes (ver o look do
Lula no lançamento de sua candidatura ao governo de SP). <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Enfim, se
foi uma troca do gestor de marketing, pelo menos agora acertaram a linha. O
luxo, a ostentação e a distância entre produto e consumidor deram lugar ao
sentido mais genuíno da igreja católica. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O estoque de
simpatia que ele conseguiu colecionar nessas poucas horas de papado, está
suprimindo até o fato negativo que ronda a “persona”: ter participado ou não de
atos favoráveis à ditadura argentina. O assunto está circunscrito à ala mais intelectual
das críticas. A própria mídia está cuidando para justificar com depoimentos e
negativas. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">É diferente
de mensalão, por exemplo, coalhado de pegadas. Diferente das posições do
deputado Feliciano, que deixou marcas indeléveis em todas as redes sociais,
gravações em suas igrejas etc. Tampouco negou que paga pastores com dinheiro
público para que eles fiquem trabalhando em suas igrejas. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Voltando ao
papa. <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O sujeito não
é santo. Mas confesso que me surpreendeu seu “chegar chegando”. Recusar
limusine, pagar a conta do hotel, recusar entrar no elevador sozinho são sinais
mais que evidentes de uma profunda mudança de comportamento. <o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Por enquanto
tudo é novidade e midiático. Vai levar um tempo até que as coisas comecem a
aparecer de verdade: o destino que ele vai dar à Curia, ao Bertoni, e à
pedofilia, por exemplo. Acho que é esperar demais que ele aprove casamento gay
e de padres, permita a ascensão das mulheres na hierarquia e, vamos combinar,
quem precisa dessa deliberação? Pessoalmente, eu espero mais responsabilidade na
questão da camisinha. <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O fato é
que, na largada, ele foi muito bem. Está aproveitando a temperatura alta do momento
para passar mensagens há muito esperadas pelo rebanho, e nem precisou falar
muito. Os recados estão sendo transmitidos a roldão. Desde sua primeira
aparição na janelinha. Sem palavras. <o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Mirem,
marqueteiros: sem uma palavra. Sem excesso de gestos, mas com um tsunami de
atitudes que, sinceras ou não, já dão sinais evidentes a que veio. A
vestimenta, o crucifixo, o gesto de saudação (ou a falta dele), o ônibus, a
conta do hotel. <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Se tudo isso
será traduzido em ação são outros quinhentos. Mas certamente tudo isso, em tão
pouco tempo, aumenta seu capital político, atrai aliados e, principalmente,
encanta seu rebanho, que já não prestava atenção nem se Ratzinger aparecesse
pelado. <o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Se Lula
tivesse aproveitado seu capital político na largada estrondosa, promovendo as
mudanças necessárias lá atrás, estaríamos hoje em outro País. Mas ele preferiu
entregar o comando ao que de pior havia ao eu redor. Preferiu fazer pior ainda
o que todos faziam de ruim. E como tal é a sua sucessora. Cada vez mais perdida
no emaranhado de acordos feitos debaixo dos panos do Palácio. <o:p></o:p></span></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-22079473437393414092013-02-18T17:20:00.001-03:002013-02-18T17:20:45.541-03:00Gato por lebre? Não, muito pior
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Pecuaristas
e varejistas de todo mundo uni-vos. O Reino Unido vai precisar de um plano de
RP muito bem azeitado, e de longo prazo, para restabelecer a confiança do
consumidor que deixou de consumir carne. <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Segundo a
agência Dow Jones, a Agência de Padrões de Alimentos (FSA, na sigla em inglês)
do país informou que 29 das 2.501 amostras de carne testadas no Reino
Unido recentemente continham DNA equino. Com isso, um terço dos britânicos
parou de comer alimentos prontos após escândalo. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Quase um
terço dos adultos na Grã-Bretanha parou de consumir alimentos prontos devido ao
escândalo da carne de cavalo, enquanto 7% pararam de comer qualquer tipo de
carne, segundo uma pesquisa publicada no último domingo. A pesquisa da ComRes,
encomendada pelos jornais Sunday Mirror e The Independent on Sunday, mostrou
que 31% dos adultos pararam de consumir alimentos prontos.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O erro
imperdoável e inadmissível de alguns incautos mexeu de forma avassaladora com
todo mercado de varejo alimentar do Reino Unido e provavelmente de outros países da Europa. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-TC6stmA6BoU/USKHyu4JoZI/AAAAAAAAAGo/6l6XpmYv5qQ/s1600/carne.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="126" src="http://4.bp.blogspot.com/-TC6stmA6BoU/USKHyu4JoZI/AAAAAAAAAGo/6l6XpmYv5qQ/s320/carne.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Restabelecer
a confiança desses consumidores exigirá investimento, tempo e muita paciência. O ideal é a união das forças da comunicação, publicidade e RP em favor de um plano integrado, sério e comprometido, que envolva e amarre todas as pontas da cadeia produtiva: do pecuarista ao supermercado. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Pior ficou a situação da Findus, marca tradicionalíssima de alimentos industrializados, pega nesse vergonhoso episódio. Seu site continua no ar (<a href="http://www.findus.com/">www.findus.com</a> ), e define-se com a seguinte mensagem: </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"></span><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"></span><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;"></span></span><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">O Grupo Findus é uma empresa do setor alimentar multinacional, com sede no <br />Reino Unido e com operações em toda a Europa. Estima-se que 20 milhões de pessoas comam os nossos produtos, em média, a cada semana. Combinamos a nossa paixão por comida de alta qualidade com o compromisso ativo com a boa nutrição e sustentabilidade em rudo que fazemos". </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Ainda não tive oportunidade de ler quais têm sido as explicações da empresa, como ela tem se posicionado a respeito e como seus consumidores reagiram ao fato, além daqueles que deixaram de consumir. Mas o fato é que, na prática, ela continua afirmando, ainda que de forma subliminar, que 20 milhões de pessoas podem ter comido carne de cavalo. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Muito provavelmente seu valor de mercado sofreu um grande impacto, muitas cabeças devem perder o emprego e diante de um fato de tal gravidade, a recuperação vai ser lenta, se houver. </span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-74720634201991118182013-02-13T00:48:00.001-02:002013-02-13T00:50:16.772-02:00LIÇÃO DE GESTÃO DE CRISE VINDA DO VATICANO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-tsXn5OtwsxE/URr-E3XPcPI/AAAAAAAAAGU/Lx_DQ3ME3tg/s1600/PAPA.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="380" src="http://1.bp.blogspot.com/-tsXn5OtwsxE/URr-E3XPcPI/AAAAAAAAAGU/Lx_DQ3ME3tg/s640/PAPA.jpg" width="640" /></a></div>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A primeira grande
crise institucional do ano, em nivel mundial, vem diretamente do Vaticano. A imprevisibilidade do
fato movimentou a mídia de todos os países. Cada notícia publicada sobre o tema deixava
mais evidente como o <strong>Clero está muito bem preparado para enfrentar crises
institucionais. <o:p></o:p></strong></span></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Em poucas
horas um discurso único começou a se espalhar mundo afora, mostrando um
alinhamento perfeito da estratégia. As palavras de ordem eram <strong>coragem</strong> e <strong>humildade</strong><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>para definir a atitude do Papa. <o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Há elementos
suficientes para ilações de toda sorte, mas poucos veículos de comunicação se
atreveram a analisar a questão friamente. A mídia e os teólogos chamados às
pressas para tentarem explicar o que é publicamente inexplicável <strong>cumpriram
exatamente o roteiro que o Vaticano pretendia</strong>: idade avançada, cansaço, coragem
e humildade para justificar a renúncia. <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Por
enquanto, deu certo. E provavelmente será esse discurso mesmo que vai habitar
os livros de história. Há dois fatores que balizam o sucesso da operação: o
primeiro é a aura de mistério, misticismo e respeito que ronda o Vaticano
(privilégio que poucas organizações podem contar, sejam elas públicas ou
privadas). O segundo foi o discurso articulado, ponderado e convincente
proclamado por qualquer representante da Igreja, repetido à exaustação, com as
mesmas <strong>palavras-chave.</strong> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;"></span></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;"><o:p></o:p></span></span> </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-48135347601823483402012-11-22T00:21:00.001-02:002012-11-22T00:24:54.413-02:00COMUNICAÇÃO MODELO ROLETA RUSSA <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-TwM_63NHL1s/UK2L1caeQwI/AAAAAAAAAFw/NqpqyX-cOio/s1600/fungo.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="310" src="http://3.bp.blogspot.com/-TwM_63NHL1s/UK2L1caeQwI/AAAAAAAAAFw/NqpqyX-cOio/s400/fungo.png" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;"></span></span><br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;"></span></span><br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Século XXI,
planeta Terra, internet, Redes Sociais. Essa informação é exclusivamente
dirigida à Unilever, dona da marca ADES. Depois, pelo correio, eu vou mandar um manual sobre
prevenção de crise, porque ela dificilmente vai me contratar para isso. Azar o
dela. Pensando bem, acho que vou incluir o capítulo que fala sobre “como
enterrar um produto com uma frase”. <o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A história:
um garoto abre uma caixa de ADES sabor uva e sente um gosto estranho. Ao jogar
o produto na pia a mãe percebe uma substância estranha saindo da caixa, que ela chamou de
gosma. A imagem é horrível. Dia seguinte ela pega o telefone, liga para o SAC
da fabricante e recebe a seguinte informação da atendente: a tal gosma não é
uma gosma, mas sim um fungo, que provavelmente teria sido formado por uma
fissura na caixa. A consumidora foi orientada a descartar a embalagem e a
aguardar um vale de R$ 5,00 para comprar uma nova bebida.<o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">No período pré-redes sociais a
atitude mais comum seria procurar um advogado, e depois contar para as vizinhas
do condomínio, que por sua vez se encarregariam de espalhar a notícia até
chegar num jornal ou revista. Isso demoraria alguns dias, evidentemente. <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Agora.... <o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">A mãe do
garoto fotografou a embalagem e a gosma com o celular, escreveu a história em
sua página pessoal do Face Book, não sem antes anexar a foto, instantaneamente.
Em questão de horas milhares de pessoas já tinham compartilhado a foto e a
história, com toda sorte de comentários. <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">É claro e
cristalino que a marca mantém uma pagina corporativa no Face Book, assim como
deve haver um séquito de “analistas de redes sociais” à disposição da
companhia. Devem postar mensagens estimulantes o dia todo, mostrando aos seus consumidores
como seu produto é bacana. <o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Eles só se esqueceram
de amarrar todas as pontas. Ou seja, ou a comunicação é integrada, ou o risco
de acidentes é sempre mais elevado do que o aceitável. A “fun page” da
marca<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>no FB é lindinha, toda trabalhada
na ilustração e prontinha para agradar os adeptos do produto. Mas eles acharam
que a comunicação no canal mais importante do produto, o SAC, poderia ser
massificada, toda trabalhada na mesmice de resposta para qualquer problema. “É
fungo, aguarde uma carta contendo R$ 5,00 e compre uma nova caixa”. Quem terá
sido o gênio que criou esse “speech” (é assim que as empresas grandes chamam o
discurso que o telemarketing vai despejar no consumidor)? <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Ou seja, tem
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">fun page</i> na rede social, mas deixa o
SAC completamente acéfalo, sem qualquer medo de ser feliz. Comunicação
fragmentada e sem alinhamento é que nem roleta russa, uma hora algum alvo vai
levar chumbo. #simplesassim. </span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-23826670384229135722012-10-31T04:06:00.001-02:002012-10-31T04:08:07.351-02:00ESTADÃO ERROU NA DESPEDIDA DO JT<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjuPrppV5w1En-Lgatp64NK-435LrGWlGwRl414scXuzBtyDgZ8CHpCjwN3eDSI4ZVvdXg642YCsv8nqtMM5ws41c5ogLgrLBDB0FgG4sccoptkQn3vh6QyCvabawM68An5-8f-qSp6eL-/s1600/jt.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjuPrppV5w1En-Lgatp64NK-435LrGWlGwRl414scXuzBtyDgZ8CHpCjwN3eDSI4ZVvdXg642YCsv8nqtMM5ws41c5ogLgrLBDB0FgG4sccoptkQn3vh6QyCvabawM68An5-8f-qSp6eL-/s320/jt.png" width="179" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div align="left">
ultima capa do JT, veiculada em </div>
<div align="left">
31/10/2012</div>
</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O encerramento do <strong>Jornal da Tarde</strong> (<em>Grupo Estado</em>) é uma lição extraordinária de como não agir quando uma empresa pretende descontinuar uma linha de produção. </span><br />
<span style="font-family: Verdana;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana;">Além da direção, ninguém sabe quando a empresa decidiu encerrar a publicação, porque não havia um plano estruturado para comunicar aos diversos públicos de interesse tal decisão. Entretanto, a informação vazou entre os dias 15 ou 20 de outubro.</span><br />
<span style="font-family: Verdana;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana;">A partir de então, a rádio peão informava que a última edição sairia entre o fim de outubro ou começo de novembro. A categoria profissional -- os jornalistas -- tentaram alguma mobilização em favor da permanência do jornal, mas já era tarde. </span><br />
<span style="font-family: Verdana;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana;">Dia 29 a direção do jornal soltou uma nota ao mercado explicando as suas razões, atribuindo o fechamento a uma "revisão de portfólio". No comunicado, nenhuma palavra sobre o destino dos funcionários, ou planos do RH para os demitidos. Assim como nenhuma palavra aos assinantes ativos da publicação. Duvido que os demais stakeholders receberam algum sinal de respeito nessa crise. </span><br />
<span style="font-family: Verdana;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana;">Qualquer empresa pode lançar ou descontinuar produtos conforme a sua capacidade de absorvê-los ou não. A diferença é "como" se faz, e as melhores práticas exigem o cumprimento de certos procedimentos que, juntos, expressam, no mínimo, respeito aos públicos envolvidos, sejam eles o público interno ou externo. </span><br />
<span style="font-family: Verdana;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana;">A informação que circulou após uma assembleia com o sindicato era de que a empresa ofereceria um mês de estabilidade (novembro). Ora, um mês não é estabilidade, e sim o cumprimento de aviso prévio. Alguns jornalistas foram absorvidos pelo O estado de S.Paulo e os demais demitidos. </span><br />
<span style="font-family: Verdana;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana;">E os assinantes? Nenhuma palavra até então. Um deles fez o seguinte relato num comentário do Face Book: "</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">r<span data-ft="{"tn":"K"}" id=".reactRoot[236].[1][2][1]{comment269773239791850_358822}..[1]..[1]..[0].[0][2]"><span class="UFICommentBody" id=".reactRoot[236].[1][2][1]{comment269773239791850_358822}..[1]..[1]..[0].[0][2]."><span id=".reactRoot[236].[1][2][1]{comment269773239791850_358822}..[1]..[1]..[0].[0][2]..[0]">enovei a minha assinatura em 08 de outubro e ninguem me disse que o JT acabaria, acho isso um tremendo golpe, e ainda me disseram que depois de 25 renovações (que é o meu caso) eu ganharia um DVD do Pagodinho, ou será uma "pegadinha". Cade o respeito, vou cancelar os meus proximos pagamentos, além de não ter o jornal, paguei e não recebi o JT. Como diz a musica .. que País é esse .. ".</span></span></span></span><br />
<span style="font-family: Verdana;"></span><br />
<span style="font-family: Verdana;">O <em>Grupo Estado</em> já tinha decretado a morte do JT há algum tempo. O jornal definhava. Mas enterrá-lo sem um </span><span style="font-family: Verdana;">cronograma de ações que atendesse com respeito e deferência a cada público envolvido, direta ou indiretamente, na publicação, tratando os funcionários com respeito, oferecendo um plano de benefícios; informando seus clientes (assinantes) que a publicação seria descontinuada e assim não aceitando mais a compra de assinaturas, entre outras medidas, foi uma atitude desastrosa que só fez comprometer a imagem e reputação da empresa, seja interna ou externamente. Os que ficaram sabem agora perfeitamente como será quando chegar a sua vez. </span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-22103707878643553552012-09-01T22:52:00.002-03:002012-09-01T22:52:54.203-03:00EMPRESA PERMANECE EM CHOQUE 50 ANOS<span class="userContent"><div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_5042b7f9b62568d90226857">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-KtQ9-609dsk/UEK7wPrlwNI/AAAAAAAAAFM/9nS3Inb2poc/s1600/LABORATORIO.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-KtQ9-609dsk/UEK7wPrlwNI/AAAAAAAAAFM/9nS3Inb2poc/s1600/LABORATORIO.jpg" /></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Há 50 anos apareceram as primeiras vítimas da talidomida, medicamento para mitigar enjôos matinais em mulheres grávidas. O remédio provocou deformidade em milhares de vítimas, em todo mundo. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span> </div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Agora, sem qualquer motivo aparente, o laboratório alemão Chemie Grünenthal, fabricante desse medicamento, veio a público pedir desculpas às vítimas, 50 anos depois que apareceram as primeiras vítimas. Os <strong><span style="font-size: large;">(ir)responsáveis pelo laboratório disseram que demoraram todo esse tempo porque estavam em choque</span></strong>. <br /> <br /> Desde que eu li as primeiras notícias sobre esse episódio, fiquei me perguntando quem terá sido o brilhante relações públicas responsável por tão enebriante ação de relacionamento com seus consumidores? Quem foi o sujeito ignorante, arrogante, irresponsável e criminoso que aprovou esse discurso?<br /> </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por que cargas d'água essa empresa, que deveria estar fechada, resolve se posicionar, 50 anos depois, de forma tão impiedosa, desastrosa e arrogante? O dono, conselho de administração, presidente ou seja lá quem for o responsável pela companhia é um ser humano? Quer dizer que eles permanceram em choque durante 50 anos, e isso os impediu de se desculpar pelo erro, que marcou de forma avassaladora milhares de vítimas e suas famílias?<br /><br /> E por que as desculpas, 50 anos depois? O "choque" em que se encontravam os impediu de continuar a vida fabricando e faturando em cima da indústria farmacêutica? </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span style="font-family: Arial;"></span> </div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span style="font-family: Arial;">Terá o presidente desconsiderado qualquer recomendação de seus profissionais de comunicação? Será que eles alertaram a direção sobre a absoluta insensatez de um ato dessa natureza? em última instância, haverá nesse laboratório um departamento de comunicação? </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span style="font-family: Arial;"></span> </div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span style="font-family: Arial;">Este foi o pior pronunciamento feito por uma empresa que eu já conheci. Não tenho a menor ideia sobre quais as reais intenções dessa atitude que a empresa decidiu tomar. Mas certamente, foi tão ruim quanto a comercialização do remédio. </span></div>
</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-87899869193127973852012-05-10T17:14:00.001-03:002012-05-10T23:41:06.401-03:00MAIS UMA GROSSERIA DE ALEX ATALA.<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"></span><br />
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}"><div class="text_exposed_root text_exposed">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em linha com as piores práticas de comunicação corporativa, Alex Atala jogou no colo do público a culpa pelo mico de sua marca durante a Virada Cultural. O desabafo doi durante o programa de Marilia Gabriela. Segundo ele, "o público não se comportou bem". </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /> Acostumado aos elogios de baba-ovos eternamente de plantão, a ficha de Atala ainda não caiu. O erro que provocou todo aquele mico na Virada Cultural com a sua marca não foi do público. O erro foi do seu staff, ou de si mesmo, pela errônea avaliação que resultou em sua participação no evento. Se o staff de Atala funcionasse, teria desaconselhado a participação nos moldes originais -- 500 pratos de graça -- e teriam apresentado alternativas: não participar; participar sob a condição de vender os pratos; vender os pratos e doar o lucro a ONGs sérias que operam na área da cultura. </span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
</div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span style="font-family: Arial;">O pagamento pelo prato já teria minimizado o tumulto. Por sí só já seria um filtro. Mas ele prefeiriu posar de bonzinho da história, o bonzinho da praça que estava concedendo ao povo o delírio de provar um prato de seu restaurante. Pagou pela incompetência estratégica, falta de visão e finalmente pela arrogância. Agora, quer mandar a conta para o povo. Aqui óoooooo!!!</span></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />O modelo de participação escolhido provocaria tumulto em qualquer cidade do mundo que se propusesse fazer uma festa eminentemente popular, com a participação prevista de milhões de pessoas espalhadas pelos diversos pontos </span><span class="text_exposed_show"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">centro da cidade.<br /><br /> Oferecer 500 pratos de graça para um público esperado de mais de um milhão de pessoas (fala-se em 3 milhões) é no mínimo uma burrice, ingenuidade ou má fé. Primeiro porque a intenção evidente era manter quentinha a notícia da subida do DOM do 7º para o 4º lugar entre os melhores restaurantes do mundo.<br /><br /> A confusão deveria ter sido prevista, se o seu staff tivesse mais competência e a comunicação, especificamente, visão estratégica orientando e dizendo a ele que aquilo era uma insanidade. Alê, alô, assessoria, comunicação não serve apenas para distriuir release; tem que orientar o cliente e dizer, inclusive, quando ele está prestes a fazer uma grande besteira.<br /><br /> Mas se não dizem nem que a sua dicção e pontuação são péssimas nos programas de TV, por que lhe diria que o evento era inadequado, não é mesmo?<br /><br /> A comida de Atala é realmente uma delícia; o atendimento nem tanto, mas como não sou <em>habituè</em>, isso pouco me importa. Porém, como fã de carteirinha da Virada Cultural, da proposta democrática que ela representa, e das proporções que ela ganhou nas ultimas edições, é inadmissível que ele, um empresário de sucesso, esteja jogando no colo do público uma responsabilidade que é apenas sua. <br /> <br /> A sugestão é que ele aprenda a lidar melhor com a crítica, assuma seus erros e responsabilidades, cobre da sua assessoria uma atuação mais estratégica e assim, quem sabe, estará mais preparado para quando seu restaurante for o primeiro.<br /> </span><a href="http://caras.uol.com.br/noticia/alex-atala-sobre-confusao-na-virada-o-publico-nao-se-comportou-devidamente#image0" rel="nofollow nofollow" target="_blank"></a></span></div>
</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-15646488211320412712012-05-06T12:58:00.001-03:002012-05-06T16:23:19.134-03:00A MEDIDA DA EXPOSIÇÃO<a href="http://3.bp.blogspot.com/-o4XQlh4JixY/T6aec8VkP7I/AAAAAAAAAFA/DvX3Nu6JDyw/s1600/atala2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-o4XQlh4JixY/T6aec8VkP7I/AAAAAAAAAFA/DvX3Nu6JDyw/s1600/atala2.jpg" /></a><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Alex Atala é o chef de cozinha mais badalado do País. Não
sem motivo; o sujeito é bom naquilo que se propôs fazer: comida. Seus
restaurantes são ótimos e seu nome não passa uma semana sem ser incensado por
um veículo de comunicação. Atala virou uma marca; e o DOM, um dos restaurantes
capitaneados por ele, acaba de subir para a quarta posição entre os melhores do
mundo. Justíssimo. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">O problema do sucesso é quando se perde a mão na exposição. E
foi justamente isso que aconteceu neste fim de semana, durante a Virada
Cultural, em São Paulo. Atala inventou de participar do evento, com 500 pratos da galinhada grátis. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Atala chegou num ponto que não pode mais se dar ao luxo de
decidir tudo à sua volta sozinho. Provavelmente tem um bom contador, igualmente
para um gestor de seus negócios, um tremendo gerente de banco e por aí vai.
Certamente ele deve considerar e executar grande parte da orientação de todos
esses profissionais à sua volta; afinal, seu negócio é comida. Do contrário,
seu negócio está em jogo. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Mas cumprindo o roteiro usado pela maioria dos empresários,
não seguiu conselhos de seu assessor de comunicação e se esse conselho não
veio, é porque está mal assistido nessa área: ele jamais poderia ter
participado desse evento, por um motivo muito simples: além de não poder
atendê-lo, o público-alvo dessa “marca” chamada Alex Atala não tem nenhum alinhamento
estratégico com o evento. O fato de fazer comida brasileira não o faz popular, ponto. O restaurante é caro, sim; e também por isso a comida é tão boa. Qualidade tem preço. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Por analogia, o resultado foi muito próximo do mico que
seria a Louis Vuitton montar um espaço para suas bolsas e acessórios no meio da
Virada Cultural. Ninguém da equipe do Atala teve a pachorra de parar para
avaliar as dimensões que esse evento ganhou nas últimas edições, e programou a
distribuição, gratuita, de 500 pratos, justamente dias depois de seu principal
restaurante – o <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>D.O.M – ter <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sido classificado como o quarto melhor do
mundo, no ranking da revista inglesa Restaurant. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Faltou planejamento, faltou uma voz firme para vetar essa
participação e faltou bom senso. Embora seja um dos mais democráticos eventos
da cidade, a Virada Cultural não representa exatamente o público que come com
regularidade no DOM. Claro que a intenção foi das melhores – prestigiar a
comida nacional. Mas de boas intenções o inferno está lotado e o amadorismo fez
Atala sair pelos fundos. A fila formada para pegar a senha de acesso ao prato
chegou a três quilômetros. No fim, claro, virou a maior bagunça e comeu
galinhada quem conseguiu chegar perto da barraca. O resto foi mais do mesmo: um
espetáculo deprimente, provocado pela falta de planejamento e bom senso. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Exposição tem limite; requer planejamento, cérebros
pensantes que avaliam todas as variáveis e, sobretudo, o alinhamento da marca
com o público-alvo que se pretende. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Por isso eu aboli o termo “assessoria de imprensa” do meu
vocabulário. Ou o sujeito pensa a comunicação do cliente como um todo, ou vai
continuar enganando o cliente (normalmente um finge que paga outro finge que
trabalha; o que não deve ser o caso do Atal, evidentemente). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Dias depois de ter seu restaurante subindo de 7º para 4º
lugar, Atala não precisava desse estresse todo. Francamente, mais um tiro no
pé. E tudo por falta de planejamento. </span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-9483163406246979312012-05-04T21:22:00.000-03:002012-05-04T21:22:34.716-03:00BROOKFIELD DERRAPOU FEIO<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-8yFSEXbsHE8/T6RxJFqhr3I/AAAAAAAAAE0/VczzjAqT9nI/s1600/brook.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="72" src="http://4.bp.blogspot.com/-8yFSEXbsHE8/T6RxJFqhr3I/AAAAAAAAAE0/VczzjAqT9nI/s320/brook.jpg" width="320" /></a></div>
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-8yFSEXbsHE8/T6RxJFqhr3I/AAAAAAAAAE0/VczzjAqT9nI/s1600/brook.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a><br />
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-8yFSEXbsHE8/T6RxJFqhr3I/AAAAAAAAAE0/VczzjAqT9nI/s1600/brook.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><div style="text-align: left;" unselectable="on">
</div>
</a><br />
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sempre defendi o princípio de que a comunicação, seja interna ou consultoria externa, deve estar atrelada diretamente ao topo da pirâmide, ou seja, ao presidente, CEO, diretor geral ou qualquer outro nome que se queira dar a "quem manda" em primeira instância. E cabe a esta posição discutir com a comunicação (diretor, consultor senior etc) quando um assunto tem proporções externas, sobretudo em caso de crise. Quando essas regras são negligenciadas, a possibilidade de dar tudo errado é de 100%. </span></div>
<br />
<span style="font-family: Arial;">Pois bem, <span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">os vizinhos do antigo hotel Ca'd'Oro, no centro de São
Paulo, tomaram um susto por volta das 23hs de segunda-feira, 30, quando houve um
estrondo no local. O barulho foi provocado pelo desabamento de uma escola
infantil, que estava sendo demolida ao lado da área do antigo hotel. </span></span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Um desses vizinhos, a tuiteira Nubia Tavares, reclamou sobre o desabamento na rede social. Adotando uma atitude completamente insana e arbitrária, a construtora enviou à moça uma notificação extrajudicial,</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> exigindo que ela apagasse tudo em 24 horas, ou a processariam por injúria e difamação. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em resposta, a moça disse que não ia apagar, e mandou uma contranotificação para a empresa, explicando por que não faria isso. No mesmo dia, o presidente da Brookfield São Paulo ligou pra ela pedindo desculpas pela postura da empresa, dizendo que foi uma decisão isolada e que eles não pretendiam nem censurá-la e nem me processá-la.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Na melhor das hipóteses, vamos imaginar que algum engraçadinho do departamento jurídico adotou a iniciativa por conta própria, sem dizer nada a ninguém, se achando a última coca-cola do deserto. Quando se trata de relacionamento com públicos de interesse (os stakeholders), não existe ação isolada. Portanto, a empresa foi mal orientada pela comunicação. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Não adianta treinar só presidente e diretores. Todas as pessoas envolvidas na operação devem saber, entender e exercer as melhores práticas de comunicação, a fim de não colocarem a MARCA numa tremenda saia justa como esta, por exemplo. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">O presidente tentou consertar, mas o estrago já estava feito. O assunto ganhou proporções muito maiores do que poderia ter tido, e a empresa saiu com a imagem muito comprometida. Não vale aqui dissertar sobre a importância e o papel das redes sociais no ambiente corporativo atual. É chover no molhado. O processo é inexorável e portanto uma companhia desse tamanho, principalmente, não tem o direito de errar tão feio. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">As empresas, nacionais e estrangeiras, devem ter um profundo domínio sobre as práticas de comunicação; aceitar e pagar para que seus quadros sejam bem treinados e discutir com seus consultores quaisquer detalhes que envolvam o relacionamento da empresa com públicos diversos, sobretudo quando esses detalhes já se tornaram públicos. E por último: aceitar as recomendações dos consultores de comunicação, assim como aceitam as recomendações de engenheiros, advogados e outros profissionais liberais que compõem o staf da empresa. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">A arrogância e prepotência com que as empresas atuavam na época da ditadura foram enterradas faz muito tempo. Nesse caso, o que houve foi uma sequência de erros primários, que poderiam ter sido evitados e já teriam sido esquecidos. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">À consultoria de comunicação caberá implementar uma séria de encontros com todos os níveis gerenciais, a fim de explicar, tim-tim por tim-tim, como é que a banda toca nessa área. </span><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-family: Arial;"></span><span style="font-family: Times New Roman;">
</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-5225950803571002822012-04-25T13:26:00.004-03:002012-04-25T13:26:39.981-03:00GESTÃO DE CRISES EM TEMPOS DE CRISE; LIÇÕES DE REIS E ELEFANTESPor <span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Carlos Victor Costa </span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Era uma vez um reino muito feliz com um rei muito amado.
Tudo estava bem, as pessoas tinham dinheiro, tinham sonhos e seu rei era
ousado, jovem e justo. Mas o tempo passou e as coisas mudaram: as pessoas
deixaram de ter dinheiro, empregos, começaram a se preocupar com seus sonhos e
não eram mais felizes. Enquanto isso, o rei envelheceu, mas continuou fazendo o
que reis geralmente mais gostam de fazer como caçar e se divertir na companhia
de ricos e de gente bonita.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Infelizmente, enquanto caçava elefantes na África (terra
exótica de Simba, O Rei Leão) algo inesperado aconteceu: ele errou o tiro e se
acidentou. Quebrou o quadril, os sonhos das pessoas - e sua imagem de ousado,
jovem e justo</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">O que parece ser um final triste para um conto de fadas
improvável, é pura verdade. O rei Juan Carlos I da Espanha sofreu um acidente
enquanto caçava elefantes em Botswana, fato que recebeu grande cobertura da
imprensa internacional na semana passada e nos deixou com algumas lições sobre
a gestão de crises durante os tempos difíceis que estamos vivendo. A principal
delas tem a ver com algo que eu ouvi pela primeira vez de Richard Edelman
chamado a 'dialética entre controle e credibilidade'. As instituições e
empresas passam por um momento difícil para administrar essa dialética. Como
manter segredos em segredo, ao mesmo tempo em que se mantém a imagem pública de
uma forma coerente, alinhando a imagem às expectativas dos stakeholders? A
época de crise em que vivemos exige maior sensibilidade das empresas, a fim de
manter as coisas azeitadas na arena pública, algo que, aparentemente, foi
esquecido neste exemplo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Podemos aprender com o caso real algumas lições
interessantes que explicam as forças por detrás da luta dialética entre o
controle das mensagens e a construção da credibilidade:<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Calibri;">1) O segredo não existe mais<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Calibri;">Um dos aspectos mais chocantes sobre esta crise (pessoal e
institucional para a realeza espanhola e para o próprio país) foi que,
aparentemente, a viagem do rei não foi comunicada (como a lei exige) ao chefe
de Governo (a Espanha é uma monarquia parlamentar). No entanto, uma vez que o
acidente aconteceu, a viagem chamou a atenção de imediato em um mundo ávido por
notícias como esta. Má gestão de risco.</span><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">2) A empatia deve ser real, caso contrário, é apenas
propaganda real</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">A Espanha tem a taxa mais alta de desemprego da Europa, um
em cada quatro espanhóis em idade de trabalhar não têm um emprego. O Governo
está colocando em prática um plano de recuperação radical, que inclui medidas
muito impopulares, como aumento de impostos e cortes na saúde e educação, entre
outros gastos públicos. Como sabemos, nas democracias modernas, a monarquia é
vista como algo que não é absolutamente necessário, mas que tampouco está mal,
pois é uma instituição que unifica um país, um símbolo cultural, como na
Grã-Bretanha.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Calibri;">E, na verdade, para
ser justo, o rei Juan Carlos I é percebido como algo mais do que apenas um
símbolo, ele teve uma trajetória impecável em momentos cruciais da história
recente da Espanha (como quando defendeu a democracia durante um golpe
militar). No entanto, embora ninguém espere que a família real passe a voar em
classe econômica agora, caçar elefantes não é exatamente uma boa mensagem para
se transmitir em tempos como estes. Má gestão de reputação.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;">3) Tudo está conectado<o:p></o:p></span><br />
T<span style="font-family: Calibri;">al como a família real britânica há 15 anos, a primeira
família da Espanha está passando por seu inferno astral nos últimos meses. O
genro do rei está sendo investigado por fraude fiscal em um caso de grande
repercussão, e há duas semanas, o neto do rei deu um tiro no pé (o garoto tem
13 anos e legalmente não poderia portar uma arma). Eu só consigo lembrar, nos
últimos anos do CEO da BP, Tony Hayward, e seu grande talento para fazer as
coisas erradas no momento certo (o meu post sobre isso). Não era possível o rei
adiar a viagem? Má gestão de timing.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Calibri;"></span><br />
<span style="font-family: Calibri;">Outros aspectos:<o:p></o:p></span><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;">Para piorar as coisas, esse imbróglio trouxe à tona dois
aspectos adicionais:<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">a) O fato de que Juan Carlos I era presidente honorário do
World Wildlife Fund não ajudou a melhorar as coisas. Através de um site de ativismo
on-line chamado Actuable, mais de 80 mil pessoas solicitaram a WWF que
cancelasse o papel do rei como presidente honorário da instituição. No final da
semana passada, a WWF Espanha votou por unanimidade para que isso acontecesse.
As redes sociais foram outra peça-chave na amplificação do assunto e, claro, o
tema foi trending topics nacional.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Calibri;">b) Por fim, a organizadora do safári foi uma bela princesa
alemã e as fofocas em torno desta sugerem uma possível relação mais próxima do
que a devida entre ela e o rei, apimentando as coisas um pouco mais. O jornal
alemão Bild mostrou uma foto dos dois em uma viagem oficial. Como terminou tudo
isso?<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Em um gesto sem precedentes, Juan Carlos I deixou o hospital
e, em uma declaração rápida, pediu desculpas ao povo em um típico "pisei
na bola, me desculpe, nunca mais vai acontecer de novo". Como a imprensa
daqui comentou, os espanhóis tem uma relação difícil em aceitar a culpa, e tal
atitude pode abrir um precedente incrível, fazendo as pessoas verem a realidade
de uma perspectiva diferente: se até um rei pode cometer erros, pessoas comuns
também podem, e reconhecer os erros é o primeiro passo para mudar as coisas
para melhor, sobretudo agora que o país precisa mudar tantas coisas. Seria
ótimo se isso realmente acontecesse e até seria uma bonita moral da história.
Ou não?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Alguns analistas, como o respeitado acadêmico Manual
Castells, acham que Juan Carlos I perdeu definitivamente a autoridade outorgada
por seus súditos, e escreveu um artigo feroz pedindo ao rei que abdicasse, o
tema também é combustível altamente inflamável no âmbito político.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Calibri;">Outros (como eu)
observam que dizer "sinto muito" se tornou uma moeda desvalorizada:
todo mundo se diz arrependido. Políticos (como Clinton) já disseram isso, CEOs
(como o citado de BP) também já pediram desculpas, jogadores de alto nível
(como Tiger Woods) já pediram desculpas. É isso algo verdadeiro ou apenas uma
maneira mais fácil de tentar enganar a opinião pública? A credibilidade pode
ser recuperada apenas dizendo "sinto muito"?</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">O triste é ver que no
Brasil nem isso, pedir desculpas, acontece: a opinião pública é solenemente
ignorada, nossas "autoridades" têm uma capacidade impressionante de
ser cínicas e justificar tudo, inclusive o injustificável pelos padrões mais
aceitos de uma sociedade civilizada moderna (não foi no Brasil em que se
inventou o "rouba, mas faz"?).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Voltando à Espanha. Em geral, eu acho que as pessoas aceitam
bem um pedido de desculpas (se sincero), como um primeiro passo, mas as coisas
realmente tem de mudar a fim de recuperar a confiança, caso contrário, a
reputação será manchada definitivamente. No entanto, os sentimentos positivos
em relação a pessoa ou empresa podem desempenhar um papel importante no
resultado final. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Quero dizer, se nada de ruim acontecer novamente, tudo volta
à normalidade e a questão será considerada como a história ruim que todo mundo
prefere não falar em um almoço familiar. Outras pessoas vão simplesmente
esquecer toda a confusão e ver a história como outra curiosidade de gente rica
e do seu estilo de vida extravagante. Passemos ao próximo escândalo. Os
elefantes, por outro lado, tendem a ter melhor memória: não se esquecem
facilmente.</span><o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;"><strong>Carlos Victor Costa é diretor da consultoria de social media
espanhola Territorio Creativo e professor de reputação online em Madri. Blog:
www.carlosvictorcosta.com<o:p></o:p></strong></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-21899482992067485912012-03-21T20:09:00.004-03:002012-03-22T22:47:35.189-03:00O SILÊNCIO É DE OURO; A PALAVRA É DE PRATA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-krgrTLoxryQ/T2pdxMSm5sI/AAAAAAAAAEs/c9N7y6TVJ28/s1600/eike.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="262" src="http://1.bp.blogspot.com/-krgrTLoxryQ/T2pdxMSm5sI/AAAAAAAAAEs/c9N7y6TVJ28/s400/eike.png" width="400" /></a></div><br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Não vou me aborrecer discutindo o mérito da questão: o atropelamento e morte de um jovem provocada pelo carro de Thor, filho de Eike Batista. Isso é coisa para polícia. Vou me ater ao que me compete: a comunicação em tempos de crise. <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Por tudo que li e vi sobre Eike – e não é de hoje – criei um conceito sobre ele que, parece, estava no caminho certo: Eike é um executivo que não ouve seus consultores, sobretudo os de comunicação. Faz o que bem entende, respaldado pelo fato de ser o homem mais rico do país. </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">No episódio que envolveu seu filho num acidente trágico, ele foi além da conta, e duvido que algum consultor de comunicação tenha referendado suas atitudes. Mesmo antes dos resultados da perícia, saiu gritando aos quatro ventos em defesa do filho. Passou o dia posterior ao acidente se explicando e defendendo. <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">É evidente que alí ele era só o pai. Mas.... imagem, reputação blablabla.... Poderia ter contribído de outra forma (mais eficaz)</span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Como se não bastasse, foi para a rede social (Twitter) bater boca com internauta. <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Isso me fez lembrar de um episódio, logo que Eike entrou no Twitter. Por dever de ofício, comecei a segui-lo, tentando entender um pouco aquela personalidade ou saber algo sobre os negócios que ele encabeça. Dias depois eu dei de cara com um post que dizia mais ou menos assim: “queridos, tenho que ir, mas não sei como vou viver sem vocês”. </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Evidentemente tratei de tirá-lo da minha lista, porque aquilo já era demais. Uma babaquice inominável, digna de uma despedida dos Menudos (alguém há de se lembrar deles). <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Alheio ao fato de que seria envolvido até os dentes no acidente de seu filho, e achando-se muito mais poderoso do que realmente o é, foi em frente, de peito aberto, enfrentando todo mundo. </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Quando percebeu que a sua chapa estava mais quente do que pretendia senti-la, o que fez? O que faria qualquer garoto pego fazendo uma travessura: contratou o super poderoso, caro e influente advogado Dr. Marcio Thomaz Bastos. <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Depois de sua separação da primeira esposa, Luma de Oliveira, ele decidiu tornar-se uma pessoa pública (até então ele a aplaudia dos bastidores). Começou a falar pelos cotovelos, se expor muito além do necessário, sem qualquer<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>estratégia. Talvez ele chame a isto de estratégia, pode ser. Claro que muitas vezes parecia muito babaca, como o é o tempo todo no Twitter. </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Um homem com tantas qualificações, sem critério nenhum de posicionamento. A impressão que passa é que ele acha que precisa falar “com as massas”. Por que essa necessidade tão premente? Parece uma eterna vingança contra Luma, essa sim, uma figura até então do show-business. <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Não é uma questão apenas de imagem, porque ele deve gostar desse buxixo todo. Mas por isso, também, por conta desse ímpeto desenfreado, já perdeu bons negócios, falando com as massas muito antes de falar com stakeholder (liçãozinha básica na gestão de crise). </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Claro que isso não vai abalar o valor das ações de suas empresas. Pelo menos nesse caso. Mas o coloca numa posição muito vulnerável. Ele poderia ter contratado MTB no próprio dia do acidente, ter acionado sua assessoria de imprensa e ficado bem longe desse desgaste. Apoiando o filho, claro, mas no privado, particular. </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Mas não, preferiu agir sozinho, à mercê da própria confiança, entendendo, equivocadamente, que essa briga seria ganha no Twitter, com apoio de seus “queridos” seguidores. </span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Calibri;">Durou três dias e ele pediu arrego. Um bom arrego, claro, porque MTB entende também de comunicação, sabe chamar as pessoas certas etc e tal. Quem sabe isso faça o sujeito refletir um pouco. </span></span>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-70906642055009150492012-03-04T23:51:00.003-03:002012-03-05T10:57:43.771-03:00NÃO É CASO PARA COMUNICAÇÃO, MAS POLÍCIA<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;">O andar da carruagem sugere que a direção do parque Hopi Hari contratou alguém especificamente para comunicação e gerenciamento da crise. A entrevista no Fantástico, concedida pelo vice-presidente do parque, Sr. Claudio Guimarães, pode ter sido o primeiro movimento na tentativa de estancar um estrago, indubitavelmente, irreversível. <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;">Estratégia facinha: um veículo de projeção nacional, na maior audiência do dia, estrategicamente pensada para ser a única “aparição pública”. <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;">Tiro no pé. <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;">Se assim o for, demoraram muito. A entrevista só não foi risível porque tratou de uma tragédia. Até na patética tentativa de choro o executivo foi mal orientado. Parecia um ator de quinta. As revelações que saíram da boca do segundo executivo mais importante da empresa que administra o parque me provocaram arrepios, trazendo à lembrança o fato de que que meus filhos frequentaram aquela espelunca várias vezes, durante a adolescência. <o:p></o:p></span></span></div><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;">Segundo ele, a cadeira que despencou com a garota estava quebrada há 10 anos. Pergunta inevitável do repórter: Mas por que não havia nenhuma sinalização, nenhum aviso que indicasse esse problema para os frequentadores do parque? Resposta do sujeito: Porque não havia necessidade. <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;">Não havia necessidade, cara pálida? Não há comentário que explique tamanha insanidade. <o:p></o:p></span></span><br />
<br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: large;">Os protocolos de gestão de crise existem para serem aplicados em empresas realmente comprometidas com suas atividade fim. Aplicam-se a empresas interessadas em descobrir onde erraram e como podem acertar, pós-crise. Este não é o caso, definitivamente, do Hopi Hari. <o:p></o:p></span></span>Unknownnoreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-39731040678754981132012-03-02T00:17:00.001-03:002012-03-02T00:18:23.730-03:00HOPI HARI, APRENDA COM QUEM SABE FAZER<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-doYfubdDHf4/T1A7nkVvBvI/AAAAAAAAAEk/b6g2R7EKNyo/s1600/costa+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="226" src="http://4.bp.blogspot.com/-doYfubdDHf4/T1A7nkVvBvI/AAAAAAAAAEk/b6g2R7EKNyo/s320/costa+2.jpg" width="320" /></a></div><span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">O mundo corporativo nos traz de bandeja, na mesma semana, dois exemplos, antagônicos, sobre como as empresas podem valorizar ou destruir suas marcas durante uma crise. Numa ponta temos o Hopi Hari, se escondendo, se esquivando, tentando culpar funcionários por um erro que foi de TODOS. Cada notícia publicada sobre a tragédia no parque nos dá a impressão de um verdadeiro show de horrores, com mentiras, acusações e notória negligência com a vida humana. </span><br />
<br />
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">Na outra ponta, a Costa Cruzeiros, massacrada pela segunda crise consecutiva em menos de dois meses, opta por uma postura transparente e cuidado extremado com as vidas que estavam em jogo. Durante a crise, às vezes mais de uma vez por dia, emitiu comunicados por diferentes canais, incluindo redes sociais, dando conta do status da situação do navio à deriva, até o momento em que conseguiu colocar todos a salvo. Não mediu esforços -- humanos, técnicos e financeiros -- para que isso ocorresse. E não se escondeu. </span><br />
<br />
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">Não estão aqui em xeque os acidentes em si, mas o nível de comprometimento com o próprio negócio que cada empresa adotou durante a crise. Uma, absoluta e totalmente negligente; outra, informando, providenciando o máximo conforto possível e assim tranquilizando todos os públicos envolvidos. Um exemplo a ser seguido. Belissimo benchmark. Abaixo, o último post da Costa Cruzeiros, dando por encerrada, e como encerrou, a crise que vitimou mais uma vez a empresa. </span><br />
<br />
<span class="messageBody" data-ft="{"type":3}">Costa Allegra - 01 de Março, 2012 - Atualização 18:00h<br />
<br />
A Costa Crociere infoma que o navio Costa Allegra, depois de atracar no Porto Vitória, na ilha de Mahé, ao meio-dia de hoje (horário local), completou o desembarque dos hóspedes e tripulação com sucesso em aproximadamente duas horas. Todos estavam em bom estado de saúde e nenhuma emergência aconteceu. Após deixarem o navio, os hóspedes foram atendidos pela tripulação do navio, membros da "Equipe de Atendimento" da Costa Costa Crociere na ilha e funcionários de assistência locais.<br />
<br />
O número de hóspedes que decidiu aceitar a oferta da empresa de continuar suas férias nas Ilhas Seychelles subiu para cerca de 70%, de um total de 627. Eles já se hospedaram nos hotéis onde passarão até duas semanas custeadas pela empresa nas ilhas de Praslin, La Digue, Silhouette e Cerfs. A Costa Crociere também organizará seus vôos de retorno para casa depois desse período.<br />
<br />
Aqueles que decidiram voltar para casa foram acomodados nos hotéis da ilha e partirão para seus destinos à noite, em vôos organizados pela Costa Crociere. <br />
<br />
A Empresa, lamentando sinceramente o desconforto causado aos hóspedes, mas feliz de encontrá-los com boa saúde, ofereceu um pacote de compensação que inclui:<br />
<br />
● reembolso completo dos valores pagos pelo cruzeiro e despesas de viagem associadas;<br />
● reembolso completo de despesas incorridas a bordo durante o cruzeiro;<br />
● indenização equivalente ao valor pago pelo cruzeiro e custos associados de viagem;<br />
● para os hóspedes que decidiram não continuar suas férias nas Ilhas Seychelles por conta da Empresa, um cupom com o mesmo valor do cruzeiro incompleto do Costa Allegra, para viagem gratuita em qualquer navio Costa que parta nos próximos 24 meses.<br />
<br />
A Costa Crociere gostaria de expressar sua gratidão ao capitão do Costa Allegra, Nicoló Alba, e todos os membros da tripulação, aos hóspedes, ao capitão e tripulação do navio francês de pesca Trevignon, às outras unidades navais e aéreas envolvidas nas operações de resgate do Costa Allegra, ao Comando Geral do Escritório de Porto da Itália, às autoridades locais das Ilhas Seychelles,Consulado e Embaixada da Itália e representantes diplomáticos internacionais.</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-58305274728778521322012-03-01T01:44:00.004-03:002012-03-01T08:24:13.941-03:00DIVERSÃO É COISA SERIA - PARTE 2<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-mHSsat71p-Y/T0774yMD7FI/AAAAAAAAAEU/-Zg1ucZ2nvg/s1600/hopi+hari.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="149" src="http://3.bp.blogspot.com/-mHSsat71p-Y/T0774yMD7FI/AAAAAAAAAEU/-Zg1ucZ2nvg/s200/hopi+hari.jpg" width="200" /></a></div><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Gerenciamento de Crise pressupõe um conjunto de procedimentos capaz de organizar as informações dentro de uma circunstância sob tensão. Assumir a crise tão logo ela esteja instalada é um passo importante para que o restante do processo seja desencadeado e as equipes passem a operar com um protocolo mínimo que seja. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana;">Outro passo importante é a identificação da liderança que vai assumir o papel de trazer para si a responsabilidade de defender a marca em questão, seja esta marca uma instituição pública ou privada. Esse elemento geralmente é também o porta-voz da instituição. Uma crise sem porta-voz expõe a marca de forma avassaladora, porque ela não tem, oficialmente, quem a defenda perante a opinião pública. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana;">Quando uma crise não tem porta-voz, ou esta função é delegada ao assessor de imprensa, significa que as coisas são muito mais nebulosas do que parecem e nesse caso a verdade aparece de maneira avassaladora, devastando valores, visão e missão da marca. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana;">É exatamente isto que ocorre com a crise em que se viu envolvido o parque Hopi Hari, localizado no município de Vinhedo, em São Paulo. Desde as primeiras horas da ocorrência do acidente fatal que vitimou uma garota de 14 anos num dos brinquedos do parque, a direção optou por se posicionar apenas por comunicados por escrito, distribuídos à imprensa. Uma entrevista coletiva chegou a ser marcada, e logo em seguida foi cancelada. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana;">Uma empresa de ninguém, sem rosto, sem coragem e sem argumento. Por que? Porque a situação do parque é muito mais grave do que se imaginava no dia 24, dia do acidente: a cadeira estava com defeito, e ao que tudo indica a direção sabia disto, e talvez por isto tenha indicado outro acento para ser periciado pela polícia, na tentativa de encobrir uma insanidade dessa magnitude. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana;">O Hopi Hari é um daqueles empreendimentos que já nasceram micados; já passou por várias mãos e nunca se pagou, desde a sua fundação, há dez anos, apesar de cobrar R$ 6,00 por uma garrafa de água. Mas chegar a esse nível de irresponsabilidade é digno de um roteiro de filme B. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana;">Pode-se argumentar que nenhum executivo é obrigado a se expor e falar em público sobre a ocorrência; mas ao abrir mão da transparência e das boas práticas da cidadania corporativa, os executivos do Hopi Hari assumem, subliminarmente, que têm muito mais a esconder do que a esclarecer. Além disso, abrem espaço a especulações que ganham dimensão muito maior, como o fato que já circula abertamente de que a direção teria obrigado os operadores do brinquedo a assinarem um documento que lhes imputava a culpa pelo ocorrido. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana;">Apesar de contar com um departamento interno de comunicação, e provavelmente uma agência externa de Relações Públicas, o parque demonstra claramente que não pretende esclarecer as condições do acidente, assim como as medidas que estão sendo adotadas para se evitar outros. Mesmo mantendo presença nas redes sociais, postou comunicados no dia 24, dia do acidente, e no dia 25, informando que o parque estaria aberto. Depois disso, nenhum outro post, até agora, seis dias após o acidente. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana;">Diferente, por exemplo, da operadora Costa Cruzeiros que, diante de uma pane elétrica, teve um navio à deriva com mais de 1.000 passageiros à bordo por vários dias. Desde o início do sinistro manteve informes diários em diferentes canais, incluindo redes sociais, muitas vezes mais de uma vez por dia. Neles a companhia informa as condições dos passageiros e as providências que está adotando para minimizar as precárias condições dos passageiros. No caso do Hopi Hari, o segundo informe, tanto em redes sociais como no Blog que mantém pendurado em seu site, serve apenas para informar que as operações serão reiniciadas, a menos de um dia após um acidente fatal. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana;">Que imagem ficará deste parque? Em sã consciência, você deixaria seu filho brincar nesse parque e ficaria tranquilo? Era isso que se esperava que direção dissesse publicamente, mas pelo jeito ela não pode. </span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-16395146632908429522012-02-27T12:09:00.000-03:002012-02-27T12:09:25.847-03:00Diversão é coisa séria<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Tem algo estranho no reino da Di....versão. Uma garota de 14 anos morreu no Hopi Hari, em Vinhedo (SP) e um garoto de 3 anos foi arremessado de um brinquedo em Goiás (GO), e precisou de uma cirurgia. Além das tragédias, os dois parques têm em comum a atitude de seus gestores: ambos não puseram a cara para fora: não vieram a público, pessoalmente, e não por meio de notas redigidas, dizer que estavam fazendo isso ou aquilo para dirimir a dor e apurar os fatos. <o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Na outra ponta, mais uma constatação, tão estranha quanto a primeira: no dia seguinte à tragédia, o Hopi Hari estava com as portas abertas e com muitas pessoas à espera de diversão.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pode-se, portanto, deduzir que a imagem do parque não foi afetada? Não, absolutamente, não. Creio que ainda existam pais responsáveis, e essa tragédia no Hopi Hari foi mais uma pá de cal na derrapante administração, desde a sua fundação, há 10 anos. <o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Não vir a público assumir uma bronca dessa é mais um argumento para os que acham que o parque está, mesmo, em mãos erradas. Diversão precisa ser gerida por gente do ramo e os espaços vazios deste parque em Vinhedo mostram que algo vai muito mal, desde sempre. <o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Assessor de imprensa não é fonte; nota à imprensa é coisa de gente que pretende se esconder. Errou a comunicação, provavelmente orientada pela direção. Em crise, ouça e comprometa-se com seu departamento de comunicação. Exceto se ele for incompetente. <o:p></o:p></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-41292637799957526302012-02-17T14:16:00.001-02:002012-02-17T14:18:42.681-02:00HÁ QUE SE TER ATENÇÃO PARA APRENDER COM A CRISE ALHEIA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-sLRIDTYiZuM/Tz57NKUNK7I/AAAAAAAAAD8/mzXyC6fXq4c/s1600/adv+3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="135" src="http://2.bp.blogspot.com/-sLRIDTYiZuM/Tz57NKUNK7I/AAAAAAAAAD8/mzXyC6fXq4c/s200/adv+3.jpg" width="200" /></a></div><span class="commentBody" data-jsid="text"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O tão comentado caso do julgamento de Lindemberg, assassino de Eloá, traz à tona lições sutis e importantes sobre Gestão de Crise. Quem nos oferta tão vasto material foi a própria advogada de defesa, Dra Ana Lucia Assad. </span></span><br />
<div class="text_exposed_root text_exposed"></div><div class="text_exposed_root text_exposed"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Desde o início do julgamento ela mostrou logo a que veio: adotou uma linha beligerante, não apenas contra os jurados, mas contra a sociedade, imprensa e até, pasmem.... a própria vítima assassinada. </span></div><div class="text_exposed_root text_exposed"></div><div class="text_exposed_root text_exposed"><span style="font-family: Arial;">A Dra Assad caprichou nos detalhes. Fez questão de comparecer ao julgamento mal arrumada, descabelada e agressiva. Usou e abusou da linguagem verbal e corporal. Talvez sua intenção, na ausência absoluta de qualquer argumento de defesa, fosse realmente chocar as pessoas. E conseguiu. </span></div><div class="text_exposed_root text_exposed"></div><div class="text_exposed_root text_exposed"><span style="font-family: Arial;">A Dra., primeiro, se indispôs com a imprensa. A imprensa tem que ser isenta, mas nem por isso deixa de ser corporativista, certo? Depois culpou a sociedade, a polícia e, finalmente, a própria vítima. Como se não bastasse, chamou a juíza que conduziu o juri de burra, ao convidá-la a "estudar mais". </span></div><div class="text_exposed_root text_exposed"></div><div class="text_exposed_root text_exposed"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-aD_2PRCReS0/Tz57RPtSjMI/AAAAAAAAAEE/8qNP2vB-8yg/s1600/adv+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-aD_2PRCReS0/Tz57RPtSjMI/AAAAAAAAAEE/8qNP2vB-8yg/s1600/adv+2.jpg" /></a><span style="font-family: Arial;">O que ela fez não é ilegal, conforme nos explica o Promotor Roberto Tardelli: "...a </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">primeira confusão que se deve desfazer é a seguinte: não existe hierarquia, entre Juiz, promotor e advogado; cada qual tem sua função claramente estabelecida na lei e cabe ao juiz a presidência dos trabalhos, coordenar as ações, garantir a colheita da prova (aqui, a grande arte e onde os grandes Juízes fazem sua história), a manifestação das partes, a autonomia dos jurados, enfim, tudo passa por ele, que é o ponto de inflexão de todo o trabalho. Um Juiz atento e bem formado politicamente, sociologicamente, seguro de si, atualizado e cultor da Constituição Federal faz do júri uma verdadeira linha de produção: na sua oficina se produz democracia. É dele a tarefa de proclamar a absolvição ou de impor a pena e seus consectários, caso haja uma condenação".</span></div><div class="text_exposed_root text_exposed"></div><div class="text_exposed_root text_exposed"><span style="font-family: Arial;">Porém, ao se confrontar com a juíza com tremenda falta de educação e respeito, jogou a pá de cal que faltava para enterrar qualquer possibilidade de sensibilizar jurados ou sociedade quanto às razões do réu. Nessa altura, a adovgada já havia se transformado em ré. </span></div><div class="text_exposed_root text_exposed"></div><div class="text_exposed_root text_exposed"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-bztXGw7P8v0/Tz57Wl3HPGI/AAAAAAAAAEM/YLN05JZO-Z4/s1600/advogada.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-bztXGw7P8v0/Tz57Wl3HPGI/AAAAAAAAAEM/YLN05JZO-Z4/s1600/advogada.jpg" /></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Enquanto uma (a advogada) botava os pés pelas mãos com atitudes totalmente equivocadas, embora não ilegais, a outra (a juíza) atraiu solidariedade, simpatia e admiração. A advogada foi no mínimo ingênua tentando marcar posição batendo em todo mundo. Intel<span class="text_exposed_show">igentemente, a juíza, sem barraco, manobrou para atrair aliados. Estrategicamente, se revidasse, a advogada abandonaria o juri. A juíza aguentou o tranco, e saiu-se melhor. Resumo: vários setores da sociedade civil e da própria categoria a estão defendendo, sem que ela rpecisasse expressar uma única frase. Isso é um bom parâmetro para gestão de crises.</span></span></div><div class="text_exposed_root text_exposed"></div><div class="text_exposed_root text_exposed"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="text_exposed_show"><span class="commentBody" data-jsid="text"></span></span></span><br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span class="text_exposed_show"><span class="commentBody" data-jsid="text"><div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_4f3e78797a0ba2f14038102">Ao criticar a tudo e todos; imputar a culpa à sociedade, imprensa e até à propria vítima assassinada, a advogada, optando pelo viés da beligerância, atraiu para si a antipatia de<span class="text_exposed_show"> todos os grupos com os quais tentou se relacionar, quer seja utilizando a linguagem verbal ou a linguagem corporal. Ela desconsiderou que hoje nós vivemos sob a égide da imagem e reputação, e atrair para si a antipatia de todos os grupos, deliberadamente, só prejudicou qualquer chance de sensibilização a favor do réu. </span></div><div class="text_exposed_root text_exposed"></div><span class="text_exposed_show">A forma e o conteúdo, tangível e intangível, da comunicação pode, sim, levar ao sucesso ou fracasso. Feliz ou infelizmente a primeira impressão é a que fica. E, nesse caso, não favoreceu a advogada. Eu não entregaria uma causa minha a esta Dra.</span></span></span></span></div><div class="text_exposed_root text_exposed"></div><div class="text_exposed_root text_exposed"></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-52347899657090545592012-02-13T09:06:00.000-02:002012-02-13T09:06:54.596-02:00ANO NOVO, VELHAS CRISES<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-WnwdRHtgDzA/TzjuH20dD1I/AAAAAAAAAD0/oxlsILlNB4I/s1600/Costa.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-WnwdRHtgDzA/TzjuH20dD1I/AAAAAAAAAD0/oxlsILlNB4I/s1600/Costa.jpg" /></a></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: x-large;">O</span> presidente da Costa Cruzeiros, Pier Luigi Foschi, disse que a companhia pode mudar de nome porque foi <u>"midiaticamente aniquilada</u></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><u>".</u> Não é verdade: a companhia foi aniquilada pelo comandante daquela embarcação. Toda crise precisa de um culpado, mas nesse caso não foi a mídia. As causas já foram suficientemente expostas; não adianta agora desfocar para confundir. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">Em que pesem todos os esforços da companhia, essa crise deixou buracos que contribuíram para esse "aniquilamento". Por exemplo: </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">1- A companhia demorou séculos para reconhecer a bravura da tripulação, que contribuiu para que o acidente não tivesse um numero muito maior de mortos e feridos. Mesmo assim, quando reconheceu, o fez de maneira muito tímida. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">2- Durante a coletiva de imprensa, o presidente da companhia leu praticamente todo seu discurso, impedindo qualquer manifestação espontânea, que dá mais credibilidade às palavras. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">3- Ainda durante a coletiva, sua postura corporal, mesmo considerando-se as circunstâncias, foi totalmente inadequada. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">4- O acidente nem tinha completado um mês e a companhia ofereceu "desconto" para os passageiros que estavam na embarcação sinistrada que quisessem fazer outro cruzeiro. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">5- O treinamento da tripulação foi bombardeado por vários veículos de comunicação e redes sociais (tomando-se como base o comportamento do comandante). Mesmo assim a companhia deixou esse flanco aberto, sem explorar os vultuosos investimentos nessa área. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">Dentre os pontos positivos, pode-se destacar a agilidade com que a empresa atuou na intenção de conter os efeitos. Além disso, usou com esmero as redes sociais, reconhecendo o meio como canal importante de comunicação entre seus públicos de interesse. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">Seria muito importante se pudéssemos descobrir como a empresa tratou, a partir do acidente, a comunicação com seu público interno. Por exemplo, como instruiu o comando e tripulação de outras embarcações a respeito de eventuais questionamentos de passageiros? qual o tipo de conduta recomendou ás lideranças das demais embarcações, e como as notícias do acidente chegaram a todos os funcionários, em várias partes do mundo. Afinal, são esses profissionais que manterão a imagem e reputação da empresa. </span>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-50242459032383284532011-10-06T10:20:00.005-03:002011-10-11T07:48:42.613-03:00DUAS CRISES, UM MESMO PERFIL<span style="font-family: Calibri;">Setembro e Outubro nos reservam duas crises para análise, com o mesmo perfil de conduta: Toddynho e Shopping Center Norte. Elas nos dão a sensação de que quanto maior a empresa, menor é a sua capacidade de lidar com a crise, profissionalmente. A resposta é um imenso prejuízo para a marca.</span><br />
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<span style="font-family: Calibri;">Já participei de várias gestões de crise. Na grande maioria (nem todas, felizmente) é visível que o principal executivo tende a perder o rumo diante do tamanho do problema. Daí, portanto, a semelhança na resposta da empresa à crise. É na crise que se conhece o bom gestor. Até hoje conheci dois (felizmente, um homem e uma mulher). </span><br />
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<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Tanto Toddynho quanto Center Norte adotaram conduta idêntica: ignorar a informação e as várias formas de tratamento que ela deve ter diante de uma crise. Pior: esqueceram-se de mapear os stakeholders, e em sendo assim, a transparência que se lixe. Nivelaram todos e optaram pelo padrão: notas evazivas e Informes Publicitários. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Quando uma crise sucede imediatamente um comunicado na forma de “Informe Publicitario” pode contar que o sujeito não sabe o que está fazendo. Porque paga uma grana alta por um espaço na primeira página de um caderno, dá-se por resolvida a questão de “informar à sociedade”. <o:p></o:p></span></div><span style="font-family: Calibri;">Quanta ilusão, miopia e desperdício. E quem não lê jornais e consome o produto? Sem contar que o Informe Publicitario é que nem biquíni: mostra tudo, menos o essencial. Nas duas crises em questão, as empresas<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>-- totalmente vulneráveis – deixaram para as autoridades a missão de “informar” os consumidores e outros interessados. Pior, omitiram informação. <o:p></o:p></span><br />
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<span style="font-family: Calibri;">Em segundo lugar, quando se posicionaram, o fizeram por meio do segundo escalão, a quem delegaram a função de "fazer o serviço sujo e dar a cara à tapa". Notas assinadas pelo segundo escalão, pela assessoria de imprensa ou coisa que o valha não são aconselháveis (lembram-se do presidente da BP que, publicamente, queria sua vida de volta? Caiu, coitado). </span><span style="font-family: Calibri;">Omitiram, mentiram (o Center Norte chegou a afirmar, no começo da crise, que gás metano não provocava explosão) e fugiram da raia. Justamente quando deveriam ter ido a público (a presidência, o principal executivo, quem toma conta da lojinha). Ser crível, parecer crível, assumir a culpa, prometer cuidar da questão e mostrar que esta cuidando. Mas, sobretudo, e o que nenhum dos dois fez: cuidar do consumidor, da vítima ou pretensa vítima. O que ambos apresentaram foi a anti-gestão. Que pena. Perderam uma grande oportunidade (e muitos clientes). </span><br />
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<span style="font-family: Calibri;">Meus filhos tomam toddynho desde pequenos. Opsss, tomavam. Never More. Center Norte? Nem com descontos de 98%. Tanks, baby. São marcas marcadas. </span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-86890623500312371482011-10-06T09:53:00.004-03:002011-10-07T13:12:08.966-03:00Dona Irany Lopes gostou da brincadeira de aparecer<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nos dois posts anteriores comento a campanha da HOPE, que coloca homens e mulheres como idiotas (ela como a oportunista e ele como o babaca que paga a conta, em troca do lindo corpitcho). Mas reforço que a discussão foi distorcida por conta da entrada do governo, que pediu a suspensão da campanha (Min Irany Lopes, Secretaria de Políticas para Mulheres). </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">A repercussão foi tão grande, que até quem nunca tinha ouvido falar no tal ministério, acabou descobrindo a sua existência. Por conta disso, a ministra viu na censura a oportunidade de dar visibilidade à pasta e já providenciou outro pitaco: agora ela mirou sua metralhadora midiática para a novela das 21hs. da TV Globo e o quadro Metro, do Zorra Total (ambos TV Globo). </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Pergunta que não quer calar: só a TV Globo faz programas ruins? Ou a ministra só assiste a TV Globo? Ou então porque a TV Globo é o alvo mais fácil? Ou as três coisas? </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">A estratégia é apenas mais do mesmo, coisa que a gente cansou de ver: já que não consegue tirar do papel e dos discursos políticas eficazes para mulheres, então o jeito é criar um factóide toda semana para aparecer (francamente, cá entre nós, eu prefiro políticas para seres humanos, cidadãos, porque esse ministério abre brechas para o ministério dos gays, lésbicas e simpatizantes, dos abandonados, dos que gostam de roupas verdes, dos que preferem passear de charrete etc. E, no fim, acabam virando apenas cabides de empregos pra gente desqualificada -- que assiste muita TV, por exemplo). </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Mas voltando à pretensão de censura, essa atitude da ministra mostra que a incompetência não tem limite. Na impossibilidade de criar políticas para mulheres, então vai se chamando a atenção, criando factóides na mídia para se fazer presente. Isso nos ouvidos dos integrantes mais radicais do PT soa como música boa. É um perigo. Mil vezes a Gisele Bundchen convidando à prostituição e chamando homens de otários do que pedir a benção de uma ministra como Dona Irany cada vez que tivermos um programa no ar. Deus nos livre dá má hora. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;"><span style="font-family: Calibri;">P.S. 1- A ministra desmente o pedido de suspensão do quadro do Zorra Total, e esclarece que a sub-cretária redigiu uma nota de apoio ao Sindicato dos Metroviários, quem, por sua vez, pede a suspensão. Mas ela salienta que apoia o debate, e que questões como assédio sexual devem ser debatidas pela sociedade. Bem, se a ministra precisa de programa de televisão para levantar um debate social, é sinal de que a coisa realmente, é muito pior do parece ser. </span></span>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-570308540442066672011-10-03T12:10:00.000-03:002011-10-03T12:10:59.202-03:00O limite da comunicaçãoE lá se foi Rafinha Bastos. Acabou porque, aos pouquinhos, foi ganhando espaço e conivência da direção da Tv Bandeirantes, enquanto ultrapassava todos os limites do bom senso com pessoas comuns. Quando, achando que podia tudo, insensível a tudo e todos, passou a atacar, desrespeitar, ofender e humilhar personalidades do "establishment", cortaram-lhe as asas. Antes que criasse uma "piada", sátira" ou "gracinha" sobre a mulher do Sr. Johnny Saad, acharam melhor encostar o menino prodígio. <br />
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Este é um caso perolar sobre os limites da liberdade de expressão, em qualquer parte do mundo, em qualquer tipo de atividade. Ela pode ser maior que o respeito, a ética, o bom senso? Como deixaram que a situação chegasse a tal ponto, permitindo que um canal de Tv chegase num estado tão raso? Humilhar, denegrir ofender pessoas comuns podia. Era "humor sarcástico". Parou quando o "humor sarcástico" (???), começou a atingir também a casa de quem alimenta essa indústria (os anunciantes: indiretamente a Claro, representada por Ronaldo, sócio de Buiais, marido de Wanessa). <br />
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Se a frase que o detonou tivesse sido proferida contra uma pobre mortal teria tido o mesmo efeito? Ele teria sido afastado? Qual o limite da responsabilidade, não do Rafinha -- uma mente perversa e doente -- mas sim do Sr. Johnny Saad em manter por tanto tempo um padrão tão baixo, tão raso, tão degradante? No país do "tudo pode", onde nem quem mata vai preso, Rafinhas mil ainda vão aparecer e reinar em céus de brigadeiro. E terão milhões de seguidores, cada vez mais doentes, tal e qual a sociedade que bate em gays em plena Av. Paulista, que mata jovens na porta de boates, que mata mulheres em defesa da honra, que jogam filhos recé-nascidos na beira de rios. <br />
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Ao afastá-lo do CQC, a Band deveria pagar-lhe um psiquiatra, afinal, foi ela quem alimentou esse monstro. Se é que isto já não esteja no contrato.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-49730529427804157752011-09-30T10:29:00.008-03:002011-09-30T11:33:00.632-03:00HOPE ENSINA. (O QUE?)<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Título da Campanha: <span style="font-size: large;"><strong><u><span style="line-height: 115%;">HOPE ENSINA</span>. </u></strong></span><span style="font-size: x-small;">O filme pode ser assistido clicando no título do post anterior. </span></span></span><br />
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<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Cenário: uma parede branca atrás da modelo mais bem paga do mundo, que vende até coco em latinha, porque as pesquisas apontam que todas as mulheres queriam ser Gisele Bündchen. </span></span><br />
<span style="font-family: Calibri;"></span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">Cena 1: Gisele Bündchen, vestida com roupas comuns, comunica ao marido que estourou o cartão de crédito. Entra um carimbo (ensinando), com a inscrição <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">ERRADO. </span></u></b><o:p></o:p><br />
<span style="font-family: Times New Roman;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Cena 2: Gisele Bündchen, apenas de calcinha e sutiã, com a mesma frase, gestos sensuais acentuados. Entra carimbo (ensinando) , com a inscrição <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">CERTO<o:p></o:p></span></u></b></div></div></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><u><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">PROPAGANDA – </span></u></b>CONJUNTO DE ATOS QUE TEM A FINALIDADE DE PROPAGAR UMA IDEIA, OPINIÃO OU DOUTRINA. <o:p></o:p></span></div><span style="font-family: Calibri;">O que HOPE ENSINA? (título da campanha)<o:p></o:p></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Calibri;">Que tirando a roupa a mulher pode tirar vantagem financeira do marido, parceiro ou parceira (o amor, a quem a modelo se refere no filme comercial). “Você é brasileira, use seu charme” é a assinatura da campanha. Use seu charme para que? Seduzir? Encantar? Conquistar? Não, use seu charme para tirar vantagem financeira do seu parceiro ou parceira afetivo. <o:p></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">Cerca de 90% das pessoas (mulheres inclusive) que se manifestaram sobre o post anterior acharam exagero e criticaram a posição defendida pelo BLOG. A maioria criticou a posição do governo. Portanto, a dúvida é: criticaram um governo inepto, que não dá a mínima solução para as mulheres violentadas (moral e fisicamente) diariamente; para as mães que não podem trabalhar por não terem onde deixar seus filhos etc? Ou realmente a mensagem (indireta e subliminar) induzindo a usar a sedução para proveito financeiro é normal? <o:p></o:p></span></div><br />
<span style="font-family: Calibri;">Respeito qualquer opinião, desde que assumidamente se joguem as cartas na mesa. Assumir como normal essa posição, achando que tudo não passa de uma brincadeirinha é assumir e aceitar como legítima a proliferação cada vez maior das marias-chuteiras; da relação por interesse financeiro; da dominação do mais forte pelo mais fraco (física ou financeiramente). <o:p></o:p></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">Brincadeirinha é usar a lingerie para seduzir, encantar e conquistar. Evidentemente, são recursos legítimos e recomendáveis em qualquer situação a dois, de romance ou não, mas de “conquista” física ou emocional. </span><span style="font-family: Calibri;">O resto é prostituição. Nada contra, mas que se assuma como tal. Eufemismo e Hipocrisia é aceitar como "brincaderinha". </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Calibri;">Na falta de competência para criar uma peça publicitária, o setor tem usado o já famozinho "buzz". Boa ou ruim, com efeito ou não, falem bem ou falem mal, mas falem de mim, é o recurso para driblar cliente, consumidores e desavisados. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Arial;"><strong><span style="font-size: large;"><u>EM TEMPO 1</u></span></strong>: dispenso comentários fora do critério técnico da propaganda, como por exemplo, me chamando de mal-amada. Para evitar, aviso que não sou; mas uso a sedução como elemento lúdico da relação e não para conseguir vantagem financeira. </span></div><div style="text-align: justify;"><br />
<span style="font-family: Arial;"><strong><u><span style="font-size: large;">EM TEMPO 2</span></u></strong>: A campanha fez muito bem à agência, que foi parar nas páginas do Jornal ingles "Guardian", que fez uma análise muito interessante sobre a pérola da propaganda brasileira. Um trechinho:<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> "Assista a Gisele mostrando claramente que uma mulher inteligente pode fazer para obter qualquer coisa de um homem, comportando-se de uma forma sexy. Mostra uma espécie de homem das cavernas, e que as mulheres inteligentes sabem muito bem como tirar proveito disto" (tradução livre) </span></span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial;">Leia matéria no ingles Guardian: <a href="http://migre.me/5OkB7">http://migre.me/5OkB7</a> </span></div>Unknownnoreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-87281026126263148112011-09-28T14:06:00.004-03:002011-09-29T08:52:07.840-03:00HOPE ENSINA MULHER A SER PUTA<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O website da Hope, fabricante de lingerie, não informa quem foi a agência de propaganda que criou a campanha "Hope Ensina". Mas tudo indica que o criativo foi um homem. Duvido que uma mulher, publicitária, teria coragem de criar, aprovar com o cliente e veicular filmes que colocam a mulher em posição tão vulgar, como se fosse uma prostituta. (Clique no título para ver o filme). GiseleBündchen, como ganha alguns milhões pra protagonizar a campanha, topou a putaria, sem chiar. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">A personagem entra em cena de roupa, dizendo ao marido algo que ela sabe que ele não vai gostar. Na sequência, mostra um carimbo com a inscrição "Errado". Corta, entra a próxima cena, Gisele só de calcinha e sutiã, dizendo a mesma frase. FNa sequência, o mesmo carimbo, com a inscrição "Certo". Uma campanha, digamos, didática. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">A campanha (tem vários filmes na mesma linha) é deprimente, barata, rasa, porca e apela para a solução mais fácil. A mulher, a mãe, e a irmã do criativo e do cliente devem usar os mesmos expedientes em casa, o que torna tudo isso tão normal para ele. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">Uma campanha desse nível provavelmente não teve pesquisa quali nem quanti, só a imaginação fraca do criativo e o desrespeito do cliente que aprovou uma palhaçada dessa. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">Colocar a mulher como puta para vender produtos é prática relativamente comum na propaganda. Mas essa campanha da Hope superou todas as expectativas. Mau gosto, fraca, sem qualquer traço criativo e sexista, a campanha é uma afronta a todas as mulheres que amadureceram, estudaram, pagam as próprias calcinhas e têm no homem apenas um companheiro de viagem. Esperar alguma coisa da Gisele Bündchen é chover no molhado, a considerar as besteiras homéricas que ela fala, sempre que abre a boca. Mas não precisava ir tão longe. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">Da agência que apoiou uma criação dessa natureza (vou procurar quem foi e depois eu conto aqui) é de se lamentar. Fazer da propaganda um negócio tão lamentável, compromete toda uma categoria que está conseguindo sobreviver a duras penas num mercado tão competitivo, com qualidade, respeito ao consumidor e ao cliente. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">Ao cliente, do qual eu quero distância e jamais comprarei nem um elástico, proponho uma reflexão. O dono da Hope, se tiver uma esposa, deve estar acostumado a esse tipo de experiência e aplaudiu, comparando suas mulheres às demais consumidoras da marca. Mas a ele eu digo: prostituta é a sua empresa. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">O que prejudicou muito a discussão foi o fato de o governo ter pedido a suspenção da campanha. via de regra, tudo que o governo faz e fala é discutível, e portanto, a campanha ganhou ares de "bacaninha". </span><br />
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<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong><span style="font-size: large;">Em tempo</span></strong>: a agência "criativa" é a <strong><u>Giovanni+DraftFCB</u></strong>. A campanha ganhou manifestação contrária da Secretária de Políticas para Mulheres do Governo Federal. Em nota da empresa à imprensa, assinada por uma mulher (Sandra Chayo, diretora), explica que "os exemplos nunca tiveram a intenção de parecer sexistas, mas sim, cotidianos de um casal", reforçando que a mensagem não passa de "piadas do cotidiano".</span><span style="font-family: Times New Roman;"> <span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ah!! então tá. Será que essa moça só pede o cartão de crédito pro marido quando está de calcinha e sutiã?</span> </span>Unknownnoreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3796977073889382990.post-42826821356595044452011-09-21T08:48:00.004-03:002011-09-21T09:02:22.986-03:00ASSESSORIA DE IMPRENSA DO NEYMAR DORMIU NA COLETIVA<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(clique no título para assistir a coletiva) </span><br />
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<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Assessor de imprensa é o profissional destacado para promover o relacionamento entre as fontes e a imprensa. Aparentemente é uma atividade "fácil". Aparentemente. Mas a atividade vai muito além do ato de escrever um release bonitinho, atender a demanda por entrevistas ou de oferecer pautas atraentes nas redações. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">Escrever os releases, oferecer as pautas e cuidar do clipping é só o básico. A diferença está na atitude, na observação vigilante do cenário e como cada assessor se coloca diante dele. O bom assessor tem que saber se posicionar com firmeza, técnica e sabedoria em situações críticas. Não foi exatamente o que aconteceu durante entrevista coletiva concedida pelo atleta Neymar, dia 20 de setembro. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">A entrevista teve ares de <em>stand-up comedy. </em>Ninguém tinha o que perguntar, senão sobre a possível transferência do craque para times estrangeiros. As perguntas eram rigorisamente idênticas, uma atrás da outra. A tentativa -- quase infantil -- dos repórteres de esgotar o entrevistado para arrancar a resposta desejada apenas contribuiu para tornar a situação mais ridícula (ver repórteres babando ovo em cima de celebridades é sempre ridículo). Todos alí sabiam que Neymar não faria nenhuma revelação bombástica. Ele é treinado, preparado e sua transferência não seria "arrancada" naquelas circunstãncias. Todos alí sabiam disso. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">Neymar estava estressado, e demonstrava isso na linguagem corporal. Se movimentava excessivamente, emitia risos nervosos reiteradamente. Alguns repórteres, na tentativa de parecer mais inteligente, mudavam as palavras, mas a pergunta era sempre a mesma, durante longos 13 minutos. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">Foi preciso que a própria fonte -- Neymar -- desse a senha para a intervenção do assessor, lembrando que nenhum repórter tinha perguntado sobre o clássico (Corinthians x Santos), aliás, a pauta da coletiva. Um minuto depois o assessor acordou do seu estado de letargia e lembrou aos repórteres sobre a pauta. </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">Claro que é preciso ter peito e senioridade para interromper uma coletiva e dizer aos repórteres: senhores, essa pergunta já foi respondida, se não houver qualquer outra, damos por enxerrada a coleitva, ok? </span><br />
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<span style="font-family: Arial;">Porém, se o sujeito não tiver senioridade e confiança para adotar uma atitude dessa natureza, melhor ele procurar outra profissão. Na maioria das vezes isso acontece por inépcia ou medo da reação dos repórteres. Por qualquer um dos dois motivos, o cara é incompetente e permitiu um desconforto desnecessário no atleta. A imprensa, do outro lado da mesz, foi apenas ridícula. Expor um cliente a essas condições é, no mínimo, desleal e covarde. </span>Unknownnoreply@blogger.com0